Unita acusa MPLA de usar fundos de Angola para aliciar militantes da oposição. MPLA diz que deserções se devem ao facto do MPLA ser "o partido da verdade"
As causas de dissidências nas fileiras de partidos políticos na oposição a favor do partido que sustenta o Governo angolano levantam sérios debates na sociedade namibense.
O facto está a suscitar dúvidas e preocupações sobre as motivações que podem estar por detrás destes dissidentes, que diariamente abandonam o bloco da oposição para o partido dos camaradas.
Alguns dizem que o fenómeno está ligado à corrupção endémica no país, outros alegam tratar-se da alienação política por fraqueza estratégica da própria oposição.
No quotidiano angolano, a Unita, a CASA-CE e o PRS, são os partidos políticos mais propensos à fuga de quadros e de militantes, que se juntam depois ao MPLA.
Carlos António Pinto da FNLA qualifica a fuga dos militantes e quadros políticos nos partidos da oposição a favor do MPLA, como resultado da falta de maturidade, por um lado e por outro a fome que graça os angolanos.
O Secretário Executivo Provincial da CASA-CE considera algo normal tal exercício em sociedades democráticas e diz que faz parte das liberdades de escolha enquanto cidadãos livres.
“Ninguém é obrigado a ser ou permanecer num partido político,” disse.
O Secretário Provincial do Namibe da Unita, Ricardo Ekupa de Noé “Tuyula”, disse que dissidência nas fileiras dos partidos da oposição faz parte de um programa dos poderosos e detentores de dinheiro em Angola.
“Se o Presidente da República também é Presidente do MPLA, claro que todo dinheiro do país está a ser empurrado para potenciar o MPLA, prejudicando a oposição, esta é uma realidade que deve ser vista com honestidade”, esclareceu.
Considerou ser “batota” o MPLA endinheirado competir com partidos na oposição desprovidos de tudo e igualou o facto a uma equipa de futebol devidamente equipada a jogar no capo pelado descalça.
Já o membro do Comité Central do MPLA e 1º Secretário Municipal dos deste partido no Namibe, João Guerra, disse que o MPLA diariamente ganha novos militantes, porque trabalha para o povo e é um partido da solidariedade e verdade.
“O MPLA é o partido da Independência, é o partido da democracia, é o partido das liberdades”, disse.
"Então, quem se sente a vontade é claro que vai para este glorioso MPLA, esse partido que quer coisas boas para o povo angolano, que faz o país andar para frente, faz o país caminhar,” acrescentou Guerra que acusou partidos da oposição de cegueira nas suas críticas recusando-se a aceitar os desenvolvimentos levados a cabo pelo partido no poder.
“Como é que vou-me rever em alguém que passou pela ponte, a ponte está aí e diz que não há ponte”, disse.
“A diferença do MPLA com outros partidos está no trabalho e verdade, o MPLA é partido da verdade”, rematou João Guerra.
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O facto está a suscitar dúvidas e preocupações sobre as motivações que podem estar por detrás destes dissidentes, que diariamente abandonam o bloco da oposição para o partido dos camaradas.
Alguns dizem que o fenómeno está ligado à corrupção endémica no país, outros alegam tratar-se da alienação política por fraqueza estratégica da própria oposição.
No quotidiano angolano, a Unita, a CASA-CE e o PRS, são os partidos políticos mais propensos à fuga de quadros e de militantes, que se juntam depois ao MPLA.
Carlos António Pinto da FNLA qualifica a fuga dos militantes e quadros políticos nos partidos da oposição a favor do MPLA, como resultado da falta de maturidade, por um lado e por outro a fome que graça os angolanos.
O Secretário Executivo Provincial da CASA-CE considera algo normal tal exercício em sociedades democráticas e diz que faz parte das liberdades de escolha enquanto cidadãos livres.
“Ninguém é obrigado a ser ou permanecer num partido político,” disse.
O Secretário Provincial do Namibe da Unita, Ricardo Ekupa de Noé “Tuyula”, disse que dissidência nas fileiras dos partidos da oposição faz parte de um programa dos poderosos e detentores de dinheiro em Angola.
“Se o Presidente da República também é Presidente do MPLA, claro que todo dinheiro do país está a ser empurrado para potenciar o MPLA, prejudicando a oposição, esta é uma realidade que deve ser vista com honestidade”, esclareceu.
Considerou ser “batota” o MPLA endinheirado competir com partidos na oposição desprovidos de tudo e igualou o facto a uma equipa de futebol devidamente equipada a jogar no capo pelado descalça.
Já o membro do Comité Central do MPLA e 1º Secretário Municipal dos deste partido no Namibe, João Guerra, disse que o MPLA diariamente ganha novos militantes, porque trabalha para o povo e é um partido da solidariedade e verdade.
“O MPLA é o partido da Independência, é o partido da democracia, é o partido das liberdades”, disse.
"Então, quem se sente a vontade é claro que vai para este glorioso MPLA, esse partido que quer coisas boas para o povo angolano, que faz o país andar para frente, faz o país caminhar,” acrescentou Guerra que acusou partidos da oposição de cegueira nas suas críticas recusando-se a aceitar os desenvolvimentos levados a cabo pelo partido no poder.
“Como é que vou-me rever em alguém que passou pela ponte, a ponte está aí e diz que não há ponte”, disse.
“A diferença do MPLA com outros partidos está no trabalho e verdade, o MPLA é partido da verdade”, rematou João Guerra.