Dezenas de crianças da provincia da Huíla trabalham em propriedades agrícolas do Namibe num fenómeno ligado à sua situação social agravado por tradições culturais.
Isto porque entre certas comunidade são os sobrinhos que herdam a propriedade de um homem que morreu deixando os seus filhos e mulher na penúria.
A VOA percorreu mais de 200 quilómetros para ouvir alguns destes petizes que trabalham nas fazendas agrícolas dos vales dos rios de Inamangando, Carujamba, Tumbalunda, Bentiaba, Bero, Giraul, no Município do Namibe, e das zonas agrícolas do vale do rio Munhino, Município da Bibala.
Alguns parecem estar em boas mãos, mas outros são submetidos ao trabalho de enxada que choca com as capacidades físicas das crianças.
Mufete Nelipa, diz ter vindo de uma localidade denominada Kamupapa, a sul do Município da Bibala.
Não sabe falar a língua portuguesa, mas na sua língua nativa Mumuila disse à VOA que trabalha para potenciar a sua mãe com recursos financeiros, permitindo-a desenvolver o campo e para compra de bois e outros animais.
E lamenta que dos bens do pai não pode esperar nada porque quando morrer os primos vão levar tudo.
Mumuila conta ainda que há muitas crianças da sua terra a trabalhar nas empresas chinesas, à procura de dinheiro porque o problema é o mesmo, o de ajudar as mães para a sua estabilidade económica.
A VOA falou também com outros jovens cujos pais já tinha morrido deixando a viúva na penúria porque o seu gado foi levado pelos sobrinhos.
O professor Chipindo Bonga disse que o fenómeno preocupa a sociedade angolana, porquanto mutila o futuro do país, já que as crianças não vão à escola.
Defende por outro lado que as universidades devem ajudar os governos das províncias da Huila, Cunene e Namibe, visando inverter a actual situação, na base de um trabalho investigativo-académico.
As leis angolanas condenam a exploração do trabalho infantil, mas na sua aplicabilidade encontram dificuldades e a impunidade aos infractores.
Isto porque entre certas comunidade são os sobrinhos que herdam a propriedade de um homem que morreu deixando os seus filhos e mulher na penúria.
A VOA percorreu mais de 200 quilómetros para ouvir alguns destes petizes que trabalham nas fazendas agrícolas dos vales dos rios de Inamangando, Carujamba, Tumbalunda, Bentiaba, Bero, Giraul, no Município do Namibe, e das zonas agrícolas do vale do rio Munhino, Município da Bibala.
Alguns parecem estar em boas mãos, mas outros são submetidos ao trabalho de enxada que choca com as capacidades físicas das crianças.
Mufete Nelipa, diz ter vindo de uma localidade denominada Kamupapa, a sul do Município da Bibala.
Não sabe falar a língua portuguesa, mas na sua língua nativa Mumuila disse à VOA que trabalha para potenciar a sua mãe com recursos financeiros, permitindo-a desenvolver o campo e para compra de bois e outros animais.
E lamenta que dos bens do pai não pode esperar nada porque quando morrer os primos vão levar tudo.
Mumuila conta ainda que há muitas crianças da sua terra a trabalhar nas empresas chinesas, à procura de dinheiro porque o problema é o mesmo, o de ajudar as mães para a sua estabilidade económica.
A VOA falou também com outros jovens cujos pais já tinha morrido deixando a viúva na penúria porque o seu gado foi levado pelos sobrinhos.
O professor Chipindo Bonga disse que o fenómeno preocupa a sociedade angolana, porquanto mutila o futuro do país, já que as crianças não vão à escola.
Defende por outro lado que as universidades devem ajudar os governos das províncias da Huila, Cunene e Namibe, visando inverter a actual situação, na base de um trabalho investigativo-académico.
As leis angolanas condenam a exploração do trabalho infantil, mas na sua aplicabilidade encontram dificuldades e a impunidade aos infractores.