No dia quem começou o julgamento dos 17 activistas em Luanda, acusados de rebelião e tentativa de golpe de Estado, o MPLA, no poder, acusou a Unita, na oposição, de manter ligações aos acusados.
O partido do galo negro reagiu de imediato afirmando que só falta ao Governo culpar a oposição pela chuva ou pelo lixo nas ruas de Luanda.
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O deputado do MPLA João Pinto disse que o início do julgamento “mostra que Angola não se verga às pressões internacionais e ingerências nos assuntos internos”.
“Os poderes em Angola estão separados, não se pode permanentemente descredibilizar as instituições do Estado", reiterou, afirmando haver claramente uma ligação intima entre os activistas e as forcas políticas na oposição.
"Algumas forças políticas que agora se fazem de defensores dos Direitos Humanos, no passado incendiavam comboios de civis”, acusou Pinto.
“A Unita e vimos nas redes sociais fotos e dirigentes da UNITA na sua ligação familiar com estes jovens, e muitos são da JURA", acrescentou.
Em resposta, Raúl Danda, presidente do grupo parlamentar da Unita, diz que não admira esta posição do governo do MPLA em culpar a Unita por tudo que corre mal.
"O governo do MPLA e de José Eduardo dos Santos nunca soube fazer política diferente desta, a Unita é a culpada de todos os males da sua própria incapacidade”, acusou.
“Só falta dizerem que é a Unita que manda cair a chuva, o lixo e é uma pena termos Joaos Pintos para dizer estas coisas”, acrescentou.
Por seu lado, a Casa-CE, através do seu secretário-geral Leonel Gomes ,disse não acreditar muito na imparcialidade do julgamento.
"Isto não tem nada de jurídico, mas sim político, eles são presos políticos, o presidente do MPLA já os condenou publicamente, quando comparou os jovens ao 27 de Maio", concluiu.