MPLA e UNITA em braço-de-ferro sobre restos mortais de Savimbi

  • VOA Português

Jonas Savimbi foi morto em 2002

Dirigente do MPLA exige entrega de restos mortais de oficiais do Governo mortos pela UNITA no Uíge

O MPLA, no poder, em Angola e a UNITA, na oposição, estão num novo braço-de-ferro, alimentado pela disputa sobre a devolução dos restos mortais do fundador do partido “galo negro”, Jonas Savimbi, morto em 2002.

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Braço de ferro UNITA/MPLA sobre restos mortais de Savimbi - 2:18

Depois de 16 anos sem responder aos reiterados pedidos da família do ex-líder rebelde, o partido no poder surge agora a exigir que, de igual forma, a UNITA devolva os corpos do militares do exército mortos em combate.

O presidente da UNITA, Isaías Samakuva revelou à Rádio Comercial de Luanda, nesta terça-feira, 7, estar a fazer diligências junto do Presidente da República para que os restos mortais de Jonas Savimbi sejam entregues, satisfazendo o desejo da família que pretende realizar um “funeral condigno” na sua terra natal.

Entretanto, o membro do Bureau Político do MPLA, general Julião Mateus Paulo “Dino Matrosse”, condicionou, numa recente declaração à imprensa, a entrega do corpo de Jonas Savimbi e de outros dirigentes do “galo negro”à devolução dos restos mortais dos oficiais do Governo que afirma terem sido assassinados pela UNITA na província do Uíge.

Para o analista João Lukombo Zatuzolaas declarações de Dino Matrosse são indicativas de que o Governo não está interessado em entregar os corpos dos dirigentes da UNITA.

Jonas Savimbi morreu em combate em 2002 e se estivesse vivo teria completado 84 anos nopassado dia 3 de Agosto.