No Dia da Paz em Angola, 4 de Abril, o partido no poder e a oposição mantém visões diferentes sobre a paz, 16 anos após o acordo.
O MPLA diz que os angolanos deviam continuar a ser gratos ao antigo Presidente da República, incluindo a UNITA, enquanto a oposição considera que a paz só trouxe mais desgraças para a maioria dos angolanos.
O deputado do MPLA João Pinto diz que os angolanos "não discutem agora tribos e raças, mas cidadania, regiões, educação, saúde e qualidade de vida, graças ao empenho pessoal" de José Eduardo dos Santos.
“Por isso é que o dia de hoje é de reflexão e de gratidão, que nos obriga sempre a evitarmos actos de excesso, de desrespeito à legalidade e à ordem que possam gerar desconfiança entre os angolanos", sublinha Pinto.
Do lado da UNITA, o maior partido na oposição, o vice-presidente Raul Danda afirma que os angolanos devem olhar para Agostinho Neto, Jonas Savimbi e Holden Roberto “da mesma forma, sem privilégios para uns e só desgraça e sofrimento para outros”, mas adverte que parte do país ainda está em conflito.
“Em Cabinda continua o conflito com o Governo a priorizar as armas e prisões para resolver o problema, o que é um tremendo erro e que não vai resolver o problema", conclui Danda.
Ao comentar o Dia da Paz, Lindo Tito, vice-presidente da CASA-CE, defende mudanças de regime porque com o actual tudo continua na mesma, mas apenas sem luta armada.
“A alternância poderá mudar tudo desde a estrutura governativa e política, e proporcionar mudanças substanciais na vida das pessoas e esta esperança deve ser transmitida pelos partidos da oposição com soluções mais credíveis que as actuais”, sublinha Tito.