Nampula: Ultimato da Renamo passa sem consequências

Passou sem consequências um ultimato da Renamo para a polícia nacional se retirar da sua delegação provincial em Nampula, onde permanece um contingente da FIR (Força de Intervenção Rápida).
Um forte aparato policial continua junto à delegação do maior
partido da oposição em Nampula isto depois da ameaça da Renamo de por a cidade a arder se os agentes não se retirassem até domingo.
Num comício popular realizado na semana passada, nesta cidade, a Renamo explicou que já havia feito um ultimato ao governador provincial, não apenas para a retirada da FIR da sua delegação como também para libertar os pouco mais de trinta ex-guerilheiros detidos nos confrontos de Março passado.

Nampula: Ameaças da Renamo continuam por concretizar

A VOA tentou por várias vezes, esta manhã, chegar a uma entrevista com o porta-voz da Renamo em Nampula, tendo todos contactos resultado num fracasso, alegadamente porque a direcção do partido não queria falar sobre o assunto.
Nesta tarde, numa insistência, contactamos o secretário-geral do partido, Manuel Pissopo, tendo declinado dar algum esclarecimento sobre a ameaça formulada na semana passada. Aquele responsável político recomendou que o repórter contactasse a Renamo ao nível de Nampula e só depois disso, devia voltar a contacta-lo.
Daí voltamos a contactar Antonio Nihora, porta-voz de Nampula e dessa vez disse apenas que o partido vai convocar uma conferência de imprensa para dar o seu posicionamento sobre o assunto.
“Não queremos falar sobre isso. Aliás poderemos convocar uma
conferência de imprensa com todos jornalistas” disse Nihora.
Insistimos para saber se seria ainda hoje, a referida conferência de imprensa, tendo-se limitado a dizer que: “ a qualquer momento vai acontecer ”.
Recorde-se que esta não é a primeira vez em que a Renamo ameaça fazerarder Nampula. Em várias ocasiões, o partido representado, a mais alto nível, pelo seu presidente, Afonso Dhlakama, ameaçou inclusivamente por a arder o país e manifestar-se depois das eleições passadas o que até hoje não aconteceu.