EUA apelam à RENAMO para rever posição eleitoral

Embaixador americano em Moçambique, Douglas Griffiths

“Gostaria de ver todos os partidos participarem nas eleições", disse o embaixador americano em Maputo.
Os Estados Unidos, através da sua embaixada em Maputo já iniciaram contactos com a RENAMO para tentar demover aquele partido moçambicano da sua intenção de boicotar os próximos processos eleitorais, nomeadamente, as eleições autárquicas previstas para 20 de Novembro próximo.

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EUA apelam à RENAMO para rever posição eleitoral

Depois de conhecidas as intenções da RENAMO, que reitera a intenção de boicotar os processos eleitorais, por discordar com a lei eleitoral recentemente aprovada no parlamento, o embaixador americano em Maputo, Douglas Griffiths, já se reuniu com a chefia da bancada parlamentar deste partido, ao nível da Assembleia da República, para aconselhar a participação no processo, em nome da democracia nacional.

“Já tive a oportunidade de falar com a bancada parlamentar da RENAMO e transmiti a mensagem de encorajamento para a participação dentro do parlamento, da comissão eleitoral e nas eleições autárquicas, quer nacionais” disse Griffiths em entrevista a jornalistas.

Segundo o diplomata americano, o seu país advoga a participação de todos os partidos políticos nos processos eleitorais por forma a dar mais opções de escolha aos eleitores nacionais e qualquer queixas ou reclamações dos intervenientes tem espaço suficiente para serem denunciados.

“Gostaria de ver todos os partidos participarem nas eleições. Eu acho que o povo merece opções e a democracia com muitos partidos é importante incentivarmos todos os partidos a participarem, se tiverem problemas ou queixas, devem participar, nomeadamente, através da comunicação social”.

Apesar de a RENAMO ser, actualmente o partido que centra as preocupações por ser o maior movimento na oposição, Griffiths disse que as conversas que a sua embaixada está a levar a cabo não se restringem apenas ao partido de Afonso Dhlakama, e são extensivos a todos os outros actores políticos nacionais.

“Nós estamos a comunicar com todos os partidos políticos aqui em Moçambique, faz parte do dever de qualquer embaixada e a nossa mensagem é igual: Termos eleições livres, transparentes, com participação de todos os partidos políticos”.

Apesar dos apelos a participação que recebe de vários sectores, a RENAMO parece estar decidida a levar adiante as suas intenções de boicote.

Depois de ter ignorado participar dos debates que aprovaram alei eleitoral e, mais recentemente, a nomeação de membros para integrarem a comissão ad-hoc para a escolha de representantes da sociedade civil na CNE, o chefe da mobilização da RENAMO ao nível da cidade da Beira, Horácio Calavete, disse num contacto com membros do seu partido durante o fim de semana que "não vai permitir que haja recenseamento eleitoral e muito menos eleições autárquicas deste ano e gerais do próximo ano".