Anualmente mais de mil elefantes são mortos na reserva do Niassa e os responsáveis afirmam que por esse andar dentro de oito anos poderá ser uma catástrofe
A procura do marfim no continente africano triplicou e os elefantes estão agora a enfrentar a pior perseguição dos últimos dez anos, segundo a Agencia das Nações Unidas para a Protecção ambiental e outras organizações de género.
Moçambique é um dos países que está a perder mais de mil elefantes por ano – tornando-se assim no mais afectado pela procura do marfim no mercado asiático.
Na corrida para alimentar a procura de jóias e esculturas em marfim, os caçadores de elefantes encontraram um terreno fácil para a caça em Moçambique.
Há cinco anos, 15 mil elefantes tinham sido conduzidos para a vasta reserva do Niassa no norte do país. Mas essa população de elefantes tem estado a diminuir consideravelmente.
A bacia do rio Rovuma faz uma fronteira de 4 quilómetros de extensão entre essa reserva natural de Niassa e a Tanzânia. Todos os caçadores furtivos atravessam-na em canoas para irem caçar elefantes, que normalmente matam com armas de grandes calibres.
A Sociedade de Preservação da Vida Selvagem, organização internacional sem fins lucrativos, apoiou recentemente o governo moçambicano a gerir o parque.
Carlos Lopes-Pereira diz que os caçadores chegam a abater 5 elefantes em cada incursão.
“Eles perseguem a fêmea. Eles criam um estado de confusão…enquanto outros elefantes estão a busca de guia ou seja da mãe, são abatidos durante essa procura descontrolada.”
Os responsáveis pelo parque disseram que triplicou desde 2009 o número de elefantes abatidos por caçadores furtivos em Niassa. Em média eles chegam a matar três elefantes por dia, o que representa mais de mil elefantes por ano.
“A destruição é tanta que provavelmente em oito anos teremos muito pouco elefantes ou melhor o que chamamos de uma população não-viável de elefantes.”
Os guardas florestais tentam deter os caçadores, mas é uma batalha injusta. Existem apenas 40 guardas florestais para patrulhar o parque que tem uma dimensão da Noruega, e eles estão munidos com armas que datam da Segunda Guerra Mundial.
Ainda que detenham os caçadores, são as vezes mínimas as chances em conseguir que sejam encarcerados. O código penal de Moçambique é ainda da era colonial portuguesa e não reconhece a caça como um crime. Francisco Pariela é director dos Parques Nacionais de Conservação Natural em Moçambique.
“A lei é muito branda com os caçadores em Moçambique. Na verdade é como a violação de trânsito, não é um crime.”
Francisco Pariela adiantou que houve muitos casos de detenções de transgressores, mas que por causa de falta de leis, nenhuma acção foi tomada contra eles, senão o pagamento de multas. Pariela responsabiliza os grupos organizados de criminosos que operam fora do país pela situação, mas reconhece que os locais também estão envolvidos.
De acordo com um relatório da ONU sobre a caça furtiva, a corrupção, pobreza, e governos fracos, fazem com que grupos de criminosos continuam a fazer a exportação de presa de elefantes que são vendidos na China, Vietname e Tailândia.
Moçambique é um dos países que está a perder mais de mil elefantes por ano – tornando-se assim no mais afectado pela procura do marfim no mercado asiático.
Na corrida para alimentar a procura de jóias e esculturas em marfim, os caçadores de elefantes encontraram um terreno fácil para a caça em Moçambique.
Há cinco anos, 15 mil elefantes tinham sido conduzidos para a vasta reserva do Niassa no norte do país. Mas essa população de elefantes tem estado a diminuir consideravelmente.
A bacia do rio Rovuma faz uma fronteira de 4 quilómetros de extensão entre essa reserva natural de Niassa e a Tanzânia. Todos os caçadores furtivos atravessam-na em canoas para irem caçar elefantes, que normalmente matam com armas de grandes calibres.
A Sociedade de Preservação da Vida Selvagem, organização internacional sem fins lucrativos, apoiou recentemente o governo moçambicano a gerir o parque.
Carlos Lopes-Pereira diz que os caçadores chegam a abater 5 elefantes em cada incursão.
“Eles perseguem a fêmea. Eles criam um estado de confusão…enquanto outros elefantes estão a busca de guia ou seja da mãe, são abatidos durante essa procura descontrolada.”
Os responsáveis pelo parque disseram que triplicou desde 2009 o número de elefantes abatidos por caçadores furtivos em Niassa. Em média eles chegam a matar três elefantes por dia, o que representa mais de mil elefantes por ano.
“A destruição é tanta que provavelmente em oito anos teremos muito pouco elefantes ou melhor o que chamamos de uma população não-viável de elefantes.”
Os guardas florestais tentam deter os caçadores, mas é uma batalha injusta. Existem apenas 40 guardas florestais para patrulhar o parque que tem uma dimensão da Noruega, e eles estão munidos com armas que datam da Segunda Guerra Mundial.
Ainda que detenham os caçadores, são as vezes mínimas as chances em conseguir que sejam encarcerados. O código penal de Moçambique é ainda da era colonial portuguesa e não reconhece a caça como um crime. Francisco Pariela é director dos Parques Nacionais de Conservação Natural em Moçambique.
“A lei é muito branda com os caçadores em Moçambique. Na verdade é como a violação de trânsito, não é um crime.”
Francisco Pariela adiantou que houve muitos casos de detenções de transgressores, mas que por causa de falta de leis, nenhuma acção foi tomada contra eles, senão o pagamento de multas. Pariela responsabiliza os grupos organizados de criminosos que operam fora do país pela situação, mas reconhece que os locais também estão envolvidos.
De acordo com um relatório da ONU sobre a caça furtiva, a corrupção, pobreza, e governos fracos, fazem com que grupos de criminosos continuam a fazer a exportação de presa de elefantes que são vendidos na China, Vietname e Tailândia.