A passagem da tempestade tropical Freddy por Moçambique deixou, até agora, 10 mortos apenas na província da Zambézia.
A actualização foi feita na noite desta segunda-feira, 13, pelo Centro Operativo de Emergência (COE), cuja reunião foi dirigida pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago, que, a meio da tarde, tinha avançado com oito vítimas mortais.
A mesma fonte indicou que há, pelo menos, 14 feridos e quatro mil famílias afectadas, o correspondente a mais de 22 mil pessoas, nos centros de Quelimane, Nicoadala, Namacurra e Mocuba.
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Como disse à VOA no início da tarde o presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel Araújo, a devastação "é enorme" e muitas pessoas foram acomodadas em escolas, em igrejas e noutros lugares.
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Depois da reunião do COE, Armindo Tiago alertou para o possível surgimento de doenças respiratórias nos centros de acomodação devido à elevada demanda.
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O ministro, no entanto, disse que nove médicos, "cirurgiões gerais e ortopedistas" chegaram a Quelimane, provenentes de Maputo e da Beira para apoiar o Hospital Central.
Vários bairros estão sem energia e telecomunicações.
Veja Também Ciclone Freddy devasta Moçambique pela segunda vezJenna Buraczenski, gestora de Relações Públicos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), enviou à VOA na tarde desta segunda-feira, uma nota dizer que o pessoal da agência está "no terreno e totalmente focado em trabalhar com o Governo e parceiros para avaliar o impacto e mobilizar suprimentos que salvam vidas e apoio aos mais afectados".
"Restaurar o acesso a serviços essenciais, incluindo saúde e nutrição, educação, proteção e serviços de água, saneamento e higiene, é uma prioridade. Dada a escala dos danos e porque Moçambique enfrenta múltiplas crises, é necessário apoio adicional urgentemente", concluiu a nota.
Freddy deixou, no entanto, um rastro de mais mortes e destruição no vizinnho Malaui, onde 99 pessoas morreram, segundo o comissário do Departamento de Gestão de Catástrofes, Charles Kalemba,
Em Blantyre, onde se registaram 85 das 99 mortes, 134 pessoas ficaram gravemente feridas e cerca de quatro mil famílias foram afectadas, o equivalente a mais de 10 mil pessoas.