Moda: pandemia deu lição de vida, abriu mentes e provou importância do setor têxtil em Angola

  • Danielle Stescki

Montagem com Daniel Pires e Katya Santos

A pandemia do coronavírus forçou milhões de pessoas a mudarem as suas rotinas e a trabalharem em casa. E quem ganhou mais espaço com esta mudança foi o conforto. Calças largas e chinelos agora fazem parte do vestuário diário de quem não precisa sair de casa para trabalhar. Mas será que os angolanos aderiram a esta nova moda?

Em entrevista à Voz da América, Daniel Pires, contou que em Angola nada mudou nesse sentido. "O povo angolano é um povo vaidoso, que gosta de se vestir bem". No entanto, Pires adimitiu que a pandemia trouxe educação e deu uma lição de vida em todos nós.

A pandemia também fez com que a moda contribuísse no combate ao coronavírus. O promotor de eventos disse que o setor têxtil foi o que mais contribuiu no combate ao COVID-19 com a produção de máscaras.

"Muitas fábricas, muitos estilistas olharam para esse negócio e começaram a produzir. Hoje, nas ruas de Luanda, as zungueiras já vendem as máscaras locais".

Pires acrescentou que a pandemia criou outras oportunidades de negócio e empregabilidade, abriu mentes, e fez com que os governantes vissem quão importante é investir nessa indústria.

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"A moda angolana está sendo útil na produção das máscaras," Daniel Pires

MODANGOLA

Este ano o evento terá como tema "Angola Quarenta e Cinco Graus - Nossa Raiz, Nossa Identidade" e celebrará as festividades dos 45 anos de independência. Os estilistas irão contar a história do país no desfile que irá acontecer virtualmente no dia 29 de novembro.

"Vamos fazer o MODANGOLA mais uma vez como um desafio e também pela continuidade do evento".

O promotor de eventos acrescentou que Angola vai celebrar 45 anos de independência, e isso ão pode passar em branco.

Dez estilistas nacionais e 30 modelos femininos e masculinos irão participar do evento, entre eles Elizabeth Santos, Lucrécia Moreira, Katya Santos, Iracema Cordeiro e Júnior Scott.

Edição do MODANGOLA de 2019 com a participação da estilista Elizabeth Santos, ao centro.

Troféu Ouro Negro Século XVI

Este ano o Troféu Ouro Negro, contará com 14 modalidades, entre elas "Designer de Acessórios do Ano" e "Prémio Carreira."

"Foi no século XVI que se começou a produzir algodão em Angola, e achamos importante carimbar este século com este troféu já que o algodão é a matéria prima principal do setor da moda".

Daniel Pires contou que este ano o evento ocorrerá junto com a MODANGOLA, mas espera que no próximo ano possa se tornar um evento independente.

A modelo Karina Silva será homenageada com o troféu "Carreira," o qual é destinado ao profissional de moda com mais de 20 anos de carreira.