Em Moçambique, o anúncio feito esta semana pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama, de que pretende encontrar-se com o chefe de estado, Armando Guebuza, está a suscitar enormes expectativas, sobretudo no seio dos académicos, que acreditam que um encontro a esse nível tem o potencial de acabar com a tensão política no país.
Afonso Dhlakama diz que pretende deslocar-se a Maputo para se reunir com o presidente Armando Guebuza, e o académico Brazão Mazula, diz que isso é um desenvolvimento político importante.
Mazula sugere que para que o eventual encontro seja mais produtivo, é necessário que haja cedência de ambas as partes, de modo a que o mesmo não seja mais um encontro.
Para o analista Matias Macamo, esse encontro é bem-vindo, porque o diálogo é fundamental para o desenvolvimento do país.
E o docente universitário, João Colaço avança com uma proposta para se resolver uma das questões levantadas pela Renamo, a questão da paridade na composição da Comissão Nacional de Eleições-CNE.
“Eu penso que os dois interlocutores deviam trazer vários modelos de constituição da CNE. Existem vários modelos de paridade, e um dos vários exemplos é o modelo americano”, afirmou o académico.
Segundo ele, trata-se de uma comissão composta por seis elementos, em que os dois grandes partidos Republicano e o Democrata, estão representados de forma igualitária.
Mas as expectativas do académico Calton Cadeado em torno do eventual encontro entre o presidente Armando Guebuza e o líder da Renamo não são assim tão enormes como isso.
“Eu não coloco muita expectativa na solução que a Renamo apresentou agora, de atirar tudo para o diálogo entre o chefe de estado e o seu líder. Muitos estão a pensar que esta é que vai ser a solução; até pode ser um elemento de solução, mas qualquer decisão que for tomada neste nível de diálogo, terá que passar pelas instituições, porque isso vai implicar reforma de lei e recursos que terão que ser alocados”, destacou.
Uma das condições exigidas pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama para se deslocar à capital moçambicana, tem a ver com a segurança, e o ministro do Interior, Alberto Mondlane, diz que quanto a isso, não deve haver nenhum receio.
Ramos Miguel, VOA-Maputo
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Mazula sugere que para que o eventual encontro seja mais produtivo, é necessário que haja cedência de ambas as partes, de modo a que o mesmo não seja mais um encontro.
Para o analista Matias Macamo, esse encontro é bem-vindo, porque o diálogo é fundamental para o desenvolvimento do país.
E o docente universitário, João Colaço avança com uma proposta para se resolver uma das questões levantadas pela Renamo, a questão da paridade na composição da Comissão Nacional de Eleições-CNE.
“Eu penso que os dois interlocutores deviam trazer vários modelos de constituição da CNE. Existem vários modelos de paridade, e um dos vários exemplos é o modelo americano”, afirmou o académico.
Segundo ele, trata-se de uma comissão composta por seis elementos, em que os dois grandes partidos Republicano e o Democrata, estão representados de forma igualitária.
Mas as expectativas do académico Calton Cadeado em torno do eventual encontro entre o presidente Armando Guebuza e o líder da Renamo não são assim tão enormes como isso.
“Eu não coloco muita expectativa na solução que a Renamo apresentou agora, de atirar tudo para o diálogo entre o chefe de estado e o seu líder. Muitos estão a pensar que esta é que vai ser a solução; até pode ser um elemento de solução, mas qualquer decisão que for tomada neste nível de diálogo, terá que passar pelas instituições, porque isso vai implicar reforma de lei e recursos que terão que ser alocados”, destacou.
Uma das condições exigidas pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama para se deslocar à capital moçambicana, tem a ver com a segurança, e o ministro do Interior, Alberto Mondlane, diz que quanto a isso, não deve haver nenhum receio.
Ramos Miguel, VOA-Maputo