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Moçambique: Alternativas para a comunicação social


Jornalistas moçambicanos e americanos defendem que novas formas alternativas de fazer a comunicação social podem reduzir a pressão politica contra os jornalistas.

Falando a VOA, Salomão Moyana, director do Jornal Magazine Independente e Rodger Randle, professor e director de do centro para Estudos de Democracia e Cultura na Universidade de Oklahoma nos Estados Unidos de América, oradores de um curso de troca de experiência na cobertura eleitoral que teve lugar em Nampula dizem que uma dessas formas alternativas de fazer a comunicação social é a criação massiva de órgãos independentes, mesmo sem uma base económica sustentável, usando os meios electrónicos.

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Salomão Moyana referiu que nos últimos 20 anos,um número considerável de jornalistas deixaram o sector público para sucumbir a pressão politica e económica exercida pelos órgãos governamentais. Muitos desses jornalistas, hoje são proprietários dos maiores órgãos de comunicação sociais independentes. Aliás, segundo ele, o sector jornalístico independente foi o que mais cresceu nos últimos 20 anos, quer nos aspectos de empregabilidade, quer na margem de manobra económica.

“Quem tem que se queixar é o sector público, porque quem lá fica é aquele que quer garantir a reforma”, disse, Moyana chamando à atenção os jovens jornalistas para que olhem para estes exemplos, para evitar a pressão politica e económica.

Rodger Randle, por seu lado, disse que é difícil ter em todos os lugares uma imprensa livre, e manter a imparcialidade jornalística. Randle disse entender que a questão de pressão financeira sobre os jornalistas é universal, acrescentando ser necessário que os jornalistas mantenham a dignidade que é característica da profissão, fornecendo informações úteis para o fortalecimento da democracia, mesmo com as dificuldades financeiras.

Neste capitulo disse ele, Moçambique está bem avançado, se se ter em conta que mesmo com os desafios financeiros, os jornalistas lutam para ter uma imprensa livre, forte e agressiva.

“E, a maneira como está a desenvolver a democracia em Moçambique pode ser uma experiência utilitária para os Estados Unidos de América, cuja a democracia já tem mais de 200 anos”, disse a fonte.

Durante dois dias, Roger Randle que foi senador do Estado de Oklahoma e presidente do Conselho Municipal da Cidade de Tulsa, no mesmo Estado, juntamente com a esposa estiveram em Nampula onde trocaram experiência com os jornalistas oriundos de toda região norte de Moçambique em matérias de cobertura eleitoral. Randle disse estar confiante de que os jornalistas saem deste seminário, entendendo o seu verdadeiro papel na jovem democracia moçambicana.
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