Moçambique está a passar por um período de instabilidade económica: crise da dívida, desvalorizacão cambial, inflação disparada.
O país tem uma dívida pública que ronda 15 mil milhões de dólares. A dívida oculta representa cerca de 10 % desse valor, que foi contraído a partir de 2010, durante o último mandato do presidente Armando Guebuza.
Mas para Eduardo Paulo Sengo, economista e director executivo da CTA (Confederação das Associações Económicas de Moçambique) a economia tem dado bons sinais nos últimos dois anos.
Ele destaca a estabilidade monetária, que passou a ter uma tendência de apreciação relativamente às principais moedas do mercado.
Outro ponto possitivo é a tendência da redução do déficit da balança dos pagamentos, que permitiu que o Banco Central reconstituisse as suas reservas ao longo do primeiro semestre de 2016.
De acordo com Sengo, o desempenho da economia está relativamente melhor se compararmos com o mesmo período do ano passado.
“Estamos vendo a inflação desacelerar, entretanto ainda continua alta”.
O economista lembra que a instabilidade politico-militar já não constitui um factor de preocupação em termos de atividade económica, e isso já se reflete em projetos na área do petróleo e gás.
Nos últimos anos, Moçambique passou a enfrentar uma crise política e militar marcada por confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e o braço armado da RENAMO, o maior partido de oposição, que se recusa a aceitar os resultados das eleições gerais de 2014 e exige governar em seis províncias.
Durante a entrevista ele também cita o bom desempenho do preço do carvão, que está a permitir que as exportações em Moçambique possam voltar a ter um bom desempenho.
Eduardo Sengo diz que o preço do carvão está num bom nível, e que o produto representa a maior receita de exportação de Moçambique.
Confira a entrevista na íntegra.
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