A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres e frágeis do mundo. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 90% da população local vive com cerca de dois dólares por dia.
O país tem um histórico de instabilidade política. Desde a sua independência em 1974, nenhum presidente eleito conseguiu completar um mandato de cinco anos.
A Guiné passa por mais uma crise política desde 12 de Agosto de 2015, quando o Presidente José Mário Vaz demitiu o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira. Umaro Sissoco, que foi empossado como primeiro-ministro a 18 de Novembro de 2016, lidera o quinto governo da legislatura iniciada em 2014.
Em meio a esse cenário de instabilidade, pobreza e falta de oportunidades foi que o jovem Saido Embalo, de 25 anos, decidiu sair do seu país para buscar condições melhores na Europa.
Ele viajou por Burkina Faso e Niger até chegar à Líbia e cruzar o mar Mediterrâneo. Embora tivesse passaporte de um país membro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), teve que pagar 30 mil francos CFA, aproximadamente 284 dólares, para conseguir entrar em Burkina Faso e Niger.
Embalo diz que a jornada foi muito difícil. Os imigrantes eram tratados como animais, e quando não tinham dinheiro apanhavam.
Confira a entrevista na íntegra para ouvir Saido Embalo contar a sua história.