O presidente do maior partido da oposição moçambicana, Afonso Dhlakama, disse ter já sido alcançado um acordo com o governo para a eleição de governadores provinciais mas disse que a despartidarização das forças armadas continua em discussão.
Um porta-voz do partido no poder, a FRELIMO, disse que as negociações estão a decorrer bem mas não deu pormenores.
Falando numa reunião da Comissão Política do seu partido, a RENAMO, na zona da Gorongosa, Dhlakama disse que o acordo tinha sido alcançado entre ele e o presidente Filipe Nyusi.
As declarações de Dhlakama foram transmitidas por uma rede de televisão moçambicana.
“Em 2019 teremos governadores eleitos, da Renamo, Frelimo, MDM ou se calhar de outros partidos", disse Dhlakama que precisou que falta definir se essas eleições serão feitas por voto directo ou assembleia.
O porta-voz do partido no poder António Niquice disse em conferência de imprensa que o diálogo entre os dois líderes tem estado a decorrer “muito bem” mas recusou-se a dar pormenores afirmando que detalhes têm que ser dados pelas estruturas envolvidas nas negociações.
Niquice falava numa conferência de imprensa para discutir o 11º congresso da Frelimo que se inicia na Terça-feira.
O porta-voz descreveu as negociações entre Nyusi e Dhlaakama como um encontro de irmãos.
"Queremos saudar esses esforços e enaltecer também o papel que a liderança da Renamo e de outras forças vivas da sociedade têm estado a desencadear em apoio às iniciativas de Filipe Nyusi", concluiu o porta-voz da Frelimo.
Nas suas declarações o presidente da RENAMO disse que ainda não foi resolvida a questão da integração dos membros do seu partido nas forças armadas do pais e a despartidarização dos militares.
“Queremos que os nossos comandos militares sejam enquadrados nos lugares de chefia. O exército deve ser neutro. Não deve pertencer nem à Renamo, nem à Frelimo e nem a qualquer o