Moçambique vai a votos no dia 20 de Novembro próximo para a eleição de presidentes e deputados municipais.
Em Moçambique, mais de 70 por cento dos presidentes de municípios dirigidos pela Frelimo chumbaram nas eleições internas desta formação política, realizadas semana passada, naquilo que é visto, por analistas, como reflectindo uma certa tensão entre a governação autárquica e o partido no poder em Moçambique.
Não renovaram os seus mandatos os presidentes de municípios tão importantes como Nacala, Nampula e Tete, entre outros, onde alguns dos autarcas estiveram envolvidos em conflitos que, por exemplo, têm a ver com a gestão de terras.
O primeiro a cair, mesmo antes das eleições internas, foi o edil da Matola, cidade satélite de Maputo, Arão Nhancale, que foi forçado a renunciar, devido a uma governação considerada bastante problemática.
Houve casos em que presidentes de assembleias municipais, usando da sua posição de chefes da legislatura municipal, utilizaram os procedimentos que estão ao seu alcance, para, de certa forma, diminuir o perfil político daqueles que, internamente, ou seja, dentro do seu partido, podem ser rivais para o posicionamento.
Miguel Brito, director em Moçambique do Instituto Eleitoral para a África Austral, disse que, na autarquia de Chimoio, capital da província central de Manica, houve uma situação em que a Assembleia Municipal, dominada pela Frelimo, se recusou a aprovar o orçamento do município, dirigido por um presidente do mesmo partido.
Entretanto, para a Frelimo, as mudanças nos candidatos a presidentes de Conselhos Municipais, visam imprimir uma outra dinâmica ao nível da governação local, e nisso, o analista Tomás Simões, está de acordo.
Mas apesar disso, Simões acredita que a Frelimo vai perder alguns municípios e vai ser difícil recuperar as autarquias de Quelimane e Beira, que estão sob a gestão do Movimento Democrático de Moçambique-MDM, o segundo maior Partido da oposição no país.
Segundo ele, a situação da Frelimo também está muito complicada na cidade e província de Maputo.
“O candidato da Frelimo a Presidente do Município até poderá ganhar, mas o Partido vai perder muitos assentos na Assembleia Municipal”, realçou o analista.
Refira-se que Moçambique vai a votos no dia 20 de Novembro próximo, para a eleição de presidentes e deputados municipais. Estas eleições estão a ser boicotadas pela Renamo, por discordar da actual lei eleitoral.
Ramos Miguel, VOA-Maputo
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O primeiro a cair, mesmo antes das eleições internas, foi o edil da Matola, cidade satélite de Maputo, Arão Nhancale, que foi forçado a renunciar, devido a uma governação considerada bastante problemática.
Houve casos em que presidentes de assembleias municipais, usando da sua posição de chefes da legislatura municipal, utilizaram os procedimentos que estão ao seu alcance, para, de certa forma, diminuir o perfil político daqueles que, internamente, ou seja, dentro do seu partido, podem ser rivais para o posicionamento.
Miguel Brito, director em Moçambique do Instituto Eleitoral para a África Austral, disse que, na autarquia de Chimoio, capital da província central de Manica, houve uma situação em que a Assembleia Municipal, dominada pela Frelimo, se recusou a aprovar o orçamento do município, dirigido por um presidente do mesmo partido.
Entretanto, para a Frelimo, as mudanças nos candidatos a presidentes de Conselhos Municipais, visam imprimir uma outra dinâmica ao nível da governação local, e nisso, o analista Tomás Simões, está de acordo.
Mas apesar disso, Simões acredita que a Frelimo vai perder alguns municípios e vai ser difícil recuperar as autarquias de Quelimane e Beira, que estão sob a gestão do Movimento Democrático de Moçambique-MDM, o segundo maior Partido da oposição no país.
Segundo ele, a situação da Frelimo também está muito complicada na cidade e província de Maputo.
“O candidato da Frelimo a Presidente do Município até poderá ganhar, mas o Partido vai perder muitos assentos na Assembleia Municipal”, realçou o analista.
Refira-se que Moçambique vai a votos no dia 20 de Novembro próximo, para a eleição de presidentes e deputados municipais. Estas eleições estão a ser boicotadas pela Renamo, por discordar da actual lei eleitoral.
Ramos Miguel, VOA-Maputo