O ativista cívico do Uíge Jorge Kisseque, um dos organizadores de várias manifestações contra a "má governação do partido no poder", que foi baleado na sexta-feira, 28 de agosto, disse ter reconhecido dois atacantes como membros da polícia.
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Kisseque foi atacado a 38 quilómetros da sede capital da província quando exercia actividade de táxi no troço Uíge - Negage.
“Já tenho os meus advogados, quando eu me recuperar vamos formalizar o processo, porque eu conheço os dois indivíduos que trabalham na PIR”, contou o ativista Kisseque que disse que o ataque se deu quando os viajantes pediram que ele parasse o veículo para urinarem no mato e depois balearam-nos várias vezes nas pernas.
Kisseque tem organizado e participado em manifestações contra a má governação.
O ativista social Olavo Castigo acredita existir uma “mão invisível” por parte do governo local, e prometeu uma manifestação de repúdio ao ataque na próxima semana.
Por sua vez o correspondente da Amnistia Internacional, Leo Paxi Keneata, condenou veemente a acção e prometeu fazer chegar o caso à comunidade internacional.