A Comissão de Inquérito que investigou a alegada rede de exploração sexual na Cadeia Feminina de Ndlavela, na província do Maputo, considera que houve exageros no relatório do Centro de Integridade Pública (CIP), que denunciou a situação.
No seu relatório final, a comissão diz, de forma peremptória, que não encontrou qualquer evidência de existência de uma rede de exploração sexual, admitindo, apenas, que há situações de abuso sexual protagonizados por alguns guardas prisionais contra algumas reclusas.
Veja Também Guardas prisionais promovem exploração sexual de reclusas em Maputo, denuncia o CIPElisa Samuel, directora do Centro de Formação Jurídica e Judiciária, que, na qualidade de relatora da comissão, apresentou os resultados, disse que durante os 15 dias de investigação foram ouvidas 53 reclusas, 32 agentes e investigadores do CIP.
Samuel disse também que foram analisados vídeos, fotografias e visitada a pensão, onde alegadamente ocorria a exploração sexual, mas, não foram encontradas evidências que indicassem a existência de qualquer rede organizada, tal como foi reportado.
Por outro lado, o relatório diz que dos agentes apontados pelo CIP, como sendo os que faziam parte do esquema de exploração sexual, nenhum foi identificado como funcionário da cadeia de Ndlavela.
Neste momento, as primeiras reacções por parte da sociedade civil são de cautela na análise, com promessas de melhor posicionamento após uma análise profunda do relatório.
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