Centenas de auxiliares e enfermeiros e pessoal de apoio hospitalar sob regime de contrato nos municípios de Malanje estão a ser despedidos compulsivamente por falta de dinheiro para o pagamento de salários.
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No município de Luquembo, 210 quilómetros a sudeste desta província, 24 auxiliares de enfermagem foram dispensados em Dezembro último com 20 meses de salários em atraso.
Os trabalhadores demitidos solicitaram a intervenção das autoridades centrais para o pagamento da divida.
“Trabalhei mesmo no hospital como auxiliar, disseram que o governo não quer ninguém que trabalha em regime de contrato, todos saímos com 20 meses que eu tenho deveriam nos dar qualquer coisa para contentar os filhos, agora não me deram nada é o que esta a me doer no coração”, disse.
Adolfo Zonda disse por seu turno que “são 20 meses sem me darem dinheiro”.
O despedimento em massa a afecta os serviços de saúde e não existe um horizonte temporal para a solução do impasse, referiu recentemente o director provincial do sector, Avantino Hélder Sebastião.
“O problema fica resolvido propriamente quando houver disponibilidade por parte (do Ministério) das Finanças porque a Administração já fez a sua parte”, disse acrescentando que “não podemos avançar porque não depende propriamente da nossa decisão, são situações que se tratam ao nível superior, é também uma situação conjuntural em toda a província temos quase 40 por cento dos funcionários em regime de contrato que se encontram numa situação parecida”.