Não só mais hospitais mas melhores quadros são necessários para fazer face ao aumento inevitável do uso dos hospitais em Angola, disse o director geral do maior hospital materno da região sul do país, António Hilário.
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Hilário afirmou no Lubango que esse hospital prevê realizar, a partir de 2017, 100 partos diários.
António Hilário apega-se nestas previsões que apontam para a subida dos índices de natalidade com base nos números actuais que já chegam a 75 partos por dia.
O médico ginecologista entende que face às previsões da natalidade é urgente mais trabalho nas infra-estruturas e na formação de quadros.
“É preciso que nós trabalhemos não só nas infra-estruturas, mas também na formação de quadros”, disse afirmando que o hospital tem estado a tentar fazer o seu melhor para fazer face à inevitabilidade do aumento do uso dos seus serviços.
“Só a título de informação nós estamos a revolucionar a área dos partos com formação permanente das nossas enfermeiras e neste momento já não temos praticamente enfermeiras do ciclo básico de formação”, afirmou o responsável, acrescentando que “a nível da sala de partos todas as enfermeiras que nós temos agora são especializadas e isto já é um bom passo.”
António Hilário disse que um dos desafios das autoridades é sensibilizar as mulheres a terem o hospital como primeira opção na altura do parto.
Para Hilário é ainda elevado o número de mulheres que, sobretudo nalgumas comunidades, preferem o parto domiciliar ignorando os riscos aí associados.
“São pessoas que têm mais confiança numa determinada senhora que é vizinha, que é tia, porque fez o parto da mãe, fez o parto da irmã etc., e confiam nestas pessoas, só que estas pessoas nem sempre sabem diagnosticar um trabalho de parto em perigo”, alertou o director geral do maior hospital materno da região sul do país .