A greve estava de pé, mas a informação não tinha chegado a todos aqueles que utilizam o comboio.
Quer pela manhã, como ao princípio da tarde de segunda-feira, continuavam a chegar à estação do Musseque dezenas de passageiros. 233 trabalhadores subscreveram o caderno reivindicativo que, no ano passado, foi remetido à direcção da empresa pública.
Reclamam o pagamento imediato dos reajustes salariais, pedem melhoria do contrato de seguro, alimentação saudável e condições condignas de trabalho.
Não está disponível qualquer informação financeira da empresa. Tudo que se diz sobre a sua rendibilidade, facilmente pode ser tido como especulação.
Esta greve já qualificada de ilegal pela entidade patronal, deve prolongar-se por 48 horas,de acordo com o que se lê na referida declaração.
Esta paralisação é corolário do fracasso do diálogo entre trabalhadores e responsáveis da direcção do Caminho de Ferro, ou ainda de representantes ministeriais, que vinha sendo encetado no decurso dos meses passados, segundo disse à VOA Silas José, do Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários.