Cerca de 3 mil famílias recebem ajuda alimentar no Kwanza-Sul

A seca destruiu as colheitas e milhares de pessoas correm risco de crise alimentar em Angola (Arquivo)

Governo apontou os municípios do Sumbe e Porto-Amboím como os mais afectados pela seca e confirma a chegada do primeiro carregamento de ajuda de emergência
Os municípios do Sumbe e Porto-Amboim foram os primeiros a serem contemplados no âmbito do combate a fome e a pobreza.

O governo através do ministério de assistência e reinserção social acabou de anunciar o apoio alimentar a cerca de 3 mil famílias nesses dois municípios provinciais.

Ernestina Faustudo tem 90 anos de idade e está entre os beneficiários da ajuda governamental. Residente na periferia da cidade do Sumbe, a idosa diz que jamais assistiu a seca por esta altura do ano. Nunca segundo ela se registou em tal situação para as populações se dependerem de ajudas humanitárias. Com as chuvas que já começaram a cair a anciã antevê dias melhores.

O director provincial de assistência e reinserção social, Manuel Macedo, que anunciou a distribuição da ajuda humanitária do governo, através da Rádio local, disse que as autoridades estão conscientes das responsabilidades impostas pela seca e que num tal contesto de penúria elas são cada vez mais acrescidas.

Manuel Macedo tranquiliza a população sobretudo aos populares cujas localidades foram identificadas como sinistradas pela estiagem, que os produtos para colmatar a fome chegarão as suas zonas de residência proximamente.

“Serão beneficiadas cerca de duas mil e setecentas e noventa e uma famílias, com uma média de 6 quilos per capita semanais e hoje mesmo chegou também um carregamento para o município do Sumbe. Embora não completo, chegou cerca de três toneladas de arroz e esta quantidade é complementada com outros produtos. Penso que dentro de alguns dias os outros produtos vão chegar mas a verdade é que os municípios que nós apontamos, como aqueles que tiveram o problema da estiagem vão ser contemplados.”

Os municípios contemplados são os do Sumbe, Porto-Amboím, como primeiros a receberem ajuda humanitária.