A recente repressão policial sobre a população étnica somali, com o objectivo de erradicar células suspeitas da al-Shabab, tem alienado uma das maiores comunidades minoritárias do Quénia.
A Polícia queniana efectuou rusgas no bairro somali de Eastleigh, em Nairobi, depois de uma bomba ter destruído no passado domingo um mini-autocarro, matando sete pessoas e ferindo dezenas de outras. A recente repressão policial sobre a população étnica somali, com o objectivo de erradicar células suspeitas da al-Shabab, tem alienado uma das maiores comunidades minoritárias do Quénia.
Na quinta-feira, uma caravana de políticos quenianos deslocou-se lentamente pelas ruas esburacadas de Eastleigh, um subúrbio de Nairobi, para realizar um comício pela paz no bairro somali.
O primeiro-ministro Raila Odinga proclamou no encontro que os quenianos estão unidos na diversidade, o que os fortalece.
No princípio da semana irromperam confrontos entre jovens somalis e quenianos, despoletados pela explosão de domingo. A Polícia queniana interveio, disparando balas de borracha e granadas de gás lacrimogénio para dispersar as pessoas.
Ataques frequentes com granadas e bombas têm ocorrido no Quénia desde que invadiu a Somália em Outubro do ano passado. O governo de Nairobi responsabiliza a al-Shaba pela insegurança e a Polícia queniana respondeu através de rusgas regulares em Eastleigh em busca de apoiantes do grupo islâmico somali.
Otsieno Namwaya, da Human Rights Watch, disse que a Polícia queniana está a ter mão mais pesada:
“Mesmo quenianos somalis com papéis, como sejam bilhetes de identidade, estão a ser detidos, o que significa para um queniano somali que um bilhete de identidade deixou de ser uma garantia de que será tratado como um queniano.”
Namwaya disse estar a aumentar o número de detenções arbitrárias:
“A Polícia queniana não se dá ao trabalho de investigar para determinar quem está por detrás, dizem apenas que é a al-Shabab, mas quando se lhe pergunta quais são as provas de que se trata da al-Shabab e não apenas de criminosos comuns, não mostra quaisquer provas.”
Não foi possível obter uma reacção da Polícia queniana embora no passado ela tenha sido vaga no que diz respeito às suas operações em Eastleigh. Residentes estimam que centenas de pessoas foram presas durante as incursões esta semana.
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Na quinta-feira, uma caravana de políticos quenianos deslocou-se lentamente pelas ruas esburacadas de Eastleigh, um subúrbio de Nairobi, para realizar um comício pela paz no bairro somali.
O primeiro-ministro Raila Odinga proclamou no encontro que os quenianos estão unidos na diversidade, o que os fortalece.
No princípio da semana irromperam confrontos entre jovens somalis e quenianos, despoletados pela explosão de domingo. A Polícia queniana interveio, disparando balas de borracha e granadas de gás lacrimogénio para dispersar as pessoas.
Ataques frequentes com granadas e bombas têm ocorrido no Quénia desde que invadiu a Somália em Outubro do ano passado. O governo de Nairobi responsabiliza a al-Shaba pela insegurança e a Polícia queniana respondeu através de rusgas regulares em Eastleigh em busca de apoiantes do grupo islâmico somali.
Otsieno Namwaya, da Human Rights Watch, disse que a Polícia queniana está a ter mão mais pesada:
“Mesmo quenianos somalis com papéis, como sejam bilhetes de identidade, estão a ser detidos, o que significa para um queniano somali que um bilhete de identidade deixou de ser uma garantia de que será tratado como um queniano.”
Namwaya disse estar a aumentar o número de detenções arbitrárias:
“A Polícia queniana não se dá ao trabalho de investigar para determinar quem está por detrás, dizem apenas que é a al-Shabab, mas quando se lhe pergunta quais são as provas de que se trata da al-Shabab e não apenas de criminosos comuns, não mostra quaisquer provas.”
Não foi possível obter uma reacção da Polícia queniana embora no passado ela tenha sido vaga no que diz respeito às suas operações em Eastleigh. Residentes estimam que centenas de pessoas foram presas durante as incursões esta semana.