O recém-eleito presidente do queniano, tomou posse hoje e considera o processo do Tribunal Penal Internacional como uma ingerência dos países ocidentais
Dezenas de milhares de quenianos assistiram hoje a investidura do novo presidente eleito queniano, Uhuru Kenyatta.
Kenyatta jurou defender e respeitar a soberania, integridade e a dignidade do povo do Quénia.
Vários Chefes de Estados africanos assistiram a cerimónia de inauguração que teve lugar num estádio na capital Nairobi.
Um deles, o presidente ugandês, Yoweri Museveni, felicitou os quenianos por terem eleito Kenyatta e de lhe ter livrado da “chantagem” do Tribunal Penal Internacional.
O vice-primeiro-ministro queniano, Uhuru Kenyatta foi investido hoje no cargo de presidente da república, uma função para o qual o seu pai há 40 anos tinha assumido.
Kenyatta assume a presidência num momento em que é indiciado pelo Tribunal Penal Internacional de crimes contra a humanidade, o que complica as relações do seu país com os países acidentais.
Depois de vários dias de apuramento dos votos, a comissão eleitoral do Quénia, anunciava Uhuru Kenyatta como o quarto presidente eleito do país.
Kenyatta conseguiu uma margem mínima e venceu o seu rival, o primeiro-ministro Raila Odinga, com 50.07 por cento dos votos – o suficiente para evitar uma segunda volta.
Uhuru Kenyatta nasceu por dentro de uma vida de políticos, enquanto filho do primeiro presidente do Quénia, Jomo Kenyatta.
Foi formado nos Estados Unidos, e desempenhou a função de vice-primeiro-ministro no ainda governo de coligação desde 2008.
Descrito como um dos homens mais ricos do seu país, Kenyatta prometeu assegurar o rápido crescimento económico com benefícios para todos os cidadãos.
“Nós queremos saber em quê e que se baseia o nosso sucesso e não apenas, se a nossa economia tem um crescimento de 12 ou 13 por cento, mas sim através da forma como temos reduzido a pobreza e aumentado a riqueza entre cada queniano nesta república.”
A carreira de Uhuru Kenyatta está no entanto ensombrada pelo seu julgamento no Tribunal Penal Internacional. Ele e o seu adjunto, William Ruto, enfrentam acusações no Tribunal de Haia por alegadamente terem organizado a violência pós-eleitoral que se seguiu as disputadas eleições de 2007.
Os países ocidentais tinham sugerido que as acusações que recaem sobre o novo presidente poderiam complicar as relações com o Quénia.
Essas acusações acabaram por federar os apoiantes de Kenyata em torno de sua eleição, e os mesmos acusam as potências ocidentais de imiscuir nos assuntos internos do país.
Mas o analista político Abdullahi Boru diz haver uma contradição no discurso anti-imperialista de Uhuru Kenyatta.
“Uhuru Kenyatta pode facilmente numa conferência de imprensa ou durante a mobilização das suas bases eleitorais, dizer que tudo isso não passa de intervenção de estrangeira, quando todos os seus advogados são ingleses, quando o seu gabinete presidencial é dirigido a partir de Londres.”
Kenyatta jurou defender e respeitar a soberania, integridade e a dignidade do povo do Quénia.
Vários Chefes de Estados africanos assistiram a cerimónia de inauguração que teve lugar num estádio na capital Nairobi.
Um deles, o presidente ugandês, Yoweri Museveni, felicitou os quenianos por terem eleito Kenyatta e de lhe ter livrado da “chantagem” do Tribunal Penal Internacional.
O vice-primeiro-ministro queniano, Uhuru Kenyatta foi investido hoje no cargo de presidente da república, uma função para o qual o seu pai há 40 anos tinha assumido.
Kenyatta assume a presidência num momento em que é indiciado pelo Tribunal Penal Internacional de crimes contra a humanidade, o que complica as relações do seu país com os países acidentais.
Depois de vários dias de apuramento dos votos, a comissão eleitoral do Quénia, anunciava Uhuru Kenyatta como o quarto presidente eleito do país.
Kenyatta conseguiu uma margem mínima e venceu o seu rival, o primeiro-ministro Raila Odinga, com 50.07 por cento dos votos – o suficiente para evitar uma segunda volta.
Uhuru Kenyatta nasceu por dentro de uma vida de políticos, enquanto filho do primeiro presidente do Quénia, Jomo Kenyatta.
Foi formado nos Estados Unidos, e desempenhou a função de vice-primeiro-ministro no ainda governo de coligação desde 2008.
Descrito como um dos homens mais ricos do seu país, Kenyatta prometeu assegurar o rápido crescimento económico com benefícios para todos os cidadãos.
“Nós queremos saber em quê e que se baseia o nosso sucesso e não apenas, se a nossa economia tem um crescimento de 12 ou 13 por cento, mas sim através da forma como temos reduzido a pobreza e aumentado a riqueza entre cada queniano nesta república.”
A carreira de Uhuru Kenyatta está no entanto ensombrada pelo seu julgamento no Tribunal Penal Internacional. Ele e o seu adjunto, William Ruto, enfrentam acusações no Tribunal de Haia por alegadamente terem organizado a violência pós-eleitoral que se seguiu as disputadas eleições de 2007.
Os países ocidentais tinham sugerido que as acusações que recaem sobre o novo presidente poderiam complicar as relações com o Quénia.
Essas acusações acabaram por federar os apoiantes de Kenyata em torno de sua eleição, e os mesmos acusam as potências ocidentais de imiscuir nos assuntos internos do país.
Mas o analista político Abdullahi Boru diz haver uma contradição no discurso anti-imperialista de Uhuru Kenyatta.
“Uhuru Kenyatta pode facilmente numa conferência de imprensa ou durante a mobilização das suas bases eleitorais, dizer que tudo isso não passa de intervenção de estrangeira, quando todos os seus advogados são ingleses, quando o seu gabinete presidencial é dirigido a partir de Londres.”