Em entrevista à Voz da América, Valentino Pena, de 28 anos, que tem uma perna paralisada, contou que ainda não conseguiu emprego desde que conversou com a jornalista Danielle Stescki no segmento Espaço do Ouvinte, em Setembro de 2018.
Ele é fluente em inglês, tem o ensino médio completo, além de cursos básicos profissionais, como empreendedorismo, secretariado, informática, hardware e software.
No seu entender, o motivo pelo qual não consegue uma oportunidade de trabalho é a discriminação em Luanda.
Um outro factor que dificulta a busca de emprego é o excesso de documentos exigidos por empresas públicas e privadas.
Valentino contou que as empresas exigem de 10 a 11 documentos, entre eles o atestado de residência, a declaração militar e o atestado médico, os quais têm apenas 90 dias de validade e um custo de 3 mil kwanzas por documento.
“Ficando com todos esses documentos em casa sem achar emprego é um desperdício de dinheiro".
Valentino, que é um jovem batalhador e optimista, gostaria de ver o Governo angolano cumprindo o artigo 83 da Constituição, ou seja, criando políticas verdadeiras de inclusão, onde as empresas públicas e privadas reservam sempre vagas para pessoas deficientes.
Ele concluiu a entrevista falando sobre o seu desejo para o ano de 2019.
“Eu desejo primeiro conseguir um emprego e depois lutar para ter uma casa própria”.
Confira a entrevista.
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