As forças israelitas atacaram a Faixa de Gaza na sexta-feira, 14, numa altura em que os esforços de trégua não avançavam e as tensões na fronteira norte de Israel com o Líbano continuam.
Testemunhas relataram ataques na cidade meridional de Rafah e em áreas centrais da Faixa de Gaza.
No Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, na cidade central de Deir al-Balah, homens reuniram-se sobre o corpo de um rapaz de 11 anos que morreu durante um bombardeamento do campo de refugiados de Bureij.
De camisola preta, a criança jazia no chão manchado de sangue fresco, com uma ligadura branca a cobrir a parte superior do rosto, segundo imagens da AFP.
O exército israelita informou que as tropas continuaram as operações no centro de Gaza, onde aviões de guerra atingiram uma célula militante na zona de Zeitun.
Testemunhas em Rafah, na fronteira sul de Gaza com o Egipto, relataram disparos de helicópteros, enquanto o braço armado do Hamas disse que os seus militantes dispararam morteiros contra as tropas israelitas perto do bairro de Tal al-Sultan.
A guerra começou após o ataque do Hamas a 7 de outubro no sul de Israel, que causou a morte de 1.194 pessoas, na sua maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.
O Hamas fez 251 reféns. Destes, 116 permanecem em Gaza, embora o exército afirme que 41 estão mortos.
A ofensiva de retaliação de Israel matou pelo menos 37.266 pessoas em Gaza, também maioritariamente civis, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.