Janice Du Mont e Deborah White assinaram o editorial da Revista de Saúde Pública - Journal of Public Health - com críticas a imprensa ocidental pela maneira como aborda a questão de violações sexuais
No seu mais recente editorial a Revista Public Health – Saúde Pública – apelou aos médias a fazerem um melhor trabalho na cobertura sobre a violência sexual contra as mulheres.
As editorialistas Janice Du Mont e Deborah White afirmam, que as vezes e em demasia, a imprensa concentra-se em crimes sensacionais e falham em revelar a completa extensão do problema.
No passado mês de Dezembro uma jovem rapariga na Índia foi fatalmente violada por um grupo de jovens. Em Fevereiro deste ano, uma jovem adolescente na África do Sul foi violada e mutilada, por um grupo de rapazes. Ela também viria a morrer vítima das mazelas. Em Março, novamente na Índia, uma turista suiça foi violada diante do seu marido, e ainda neste mês de Abril, uma menina de 4 anos morreu vítimas de violação sexual. Estes e outros casos hediondos de assaltos sexuais receberam inúmeras coberturas da imprensa internacional.
As Nações Unidas estimam que dezenas de milhares de casos ou tentativas de violações sexuais homem/mulher – são reportados a polícia todos os anos. Mas os especialistas afirmam que estas estimações estão abaixo do número real de ataques, tudo porque muitos dos casos acabam por não serem reportados por receio de estigmas ou represálias.
Apenas para citar um dado do Banco Mundial, as Nações Unidas presumem que as mulheres entre os 15 e 44 anos, estão mais expostas a riscos de violação sexual e violência doméstica do que outras doenças como o cancro ou malária, ou ainda de acidentes de carro e guerra.
A doutora Janice Du Mont uma cientista no Instituto de Pesquisas sobre Mulheres em Toronto, no Canada, assinou com a sua colega Deborah White do Universidade de Trent, o editorial sobre a violação sexual no jornal de Saúde Pública. Sob o título “Violencia Sexual: o que faz com que o mundo se preocupe com as mulheres? Du Mont diz que a imprensa não mostra a verdadeira realidade de como o problema é difuso.
“Muito em torno dos mais recentes – penso que a cobertura da imprensa também no passado – de assaltos sexuais parece muito fora do enquadramento. Por exemplo, o ocidente - Canada e os Estados Unidos, etc – tem tido a tendência em concentrar-se nos casos que ocorrem noutros países, o que é problemático. A violação sexual não é apenas uma vergonha da índia. Ela ocorre em todos as partes, e não tem a ver com a cultura ou nível social.”
Janice Du Mont diz que a imprensa mostra-se mais empenhada para certos tipos de violação sexual.
“Esses são os casos mais chocantes. Aqueles em que as mulheres são violadas por grupo ou por mais de um infractor, e brutalmente espancada. Ou mais recentemente em termos de cobertura no ocidente, são os casos nos quais as mulheres são assaltadas inconscientemente ou quase inconscientes, e esses assaltos são fotografados e mais tarde expostos nas redes sociais. Esses casos não são realmente representativos da completa realidade dos assaltos sexuais, especialmente em cenários não-conflituosos.”
A especialista do Instituto de Pesquisa sobre Mulheres de Toronto adianta ser mais comum para as mulheres serem sexualmente violadas por um homem que conheçam – ou seja, pelo marido, namorado, um outro membro de família, amigo, vizinho, ou conhecido. Esses ataques, afirma Du Mont as vezes ocorrem em meios privados.
A cientista diz por outro lado entender porque razão a imprensa opta em reportar os casos dos quais são susceptíveis de tirar mais proveitos. Para ela, as mulheres não têm que ser violadas e assassinadas ou barbaramente espancadas para merecerem a atenção do público, e adianta que o problema é ainda mais grave por causa da ignorância, do mito e do estigma.
As editorialistas Janice Du Mont e Deborah White afirmam, que as vezes e em demasia, a imprensa concentra-se em crimes sensacionais e falham em revelar a completa extensão do problema.
No passado mês de Dezembro uma jovem rapariga na Índia foi fatalmente violada por um grupo de jovens. Em Fevereiro deste ano, uma jovem adolescente na África do Sul foi violada e mutilada, por um grupo de rapazes. Ela também viria a morrer vítima das mazelas. Em Março, novamente na Índia, uma turista suiça foi violada diante do seu marido, e ainda neste mês de Abril, uma menina de 4 anos morreu vítimas de violação sexual. Estes e outros casos hediondos de assaltos sexuais receberam inúmeras coberturas da imprensa internacional.
As Nações Unidas estimam que dezenas de milhares de casos ou tentativas de violações sexuais homem/mulher – são reportados a polícia todos os anos. Mas os especialistas afirmam que estas estimações estão abaixo do número real de ataques, tudo porque muitos dos casos acabam por não serem reportados por receio de estigmas ou represálias.
Apenas para citar um dado do Banco Mundial, as Nações Unidas presumem que as mulheres entre os 15 e 44 anos, estão mais expostas a riscos de violação sexual e violência doméstica do que outras doenças como o cancro ou malária, ou ainda de acidentes de carro e guerra.
A doutora Janice Du Mont uma cientista no Instituto de Pesquisas sobre Mulheres em Toronto, no Canada, assinou com a sua colega Deborah White do Universidade de Trent, o editorial sobre a violação sexual no jornal de Saúde Pública. Sob o título “Violencia Sexual: o que faz com que o mundo se preocupe com as mulheres? Du Mont diz que a imprensa não mostra a verdadeira realidade de como o problema é difuso.
“Muito em torno dos mais recentes – penso que a cobertura da imprensa também no passado – de assaltos sexuais parece muito fora do enquadramento. Por exemplo, o ocidente - Canada e os Estados Unidos, etc – tem tido a tendência em concentrar-se nos casos que ocorrem noutros países, o que é problemático. A violação sexual não é apenas uma vergonha da índia. Ela ocorre em todos as partes, e não tem a ver com a cultura ou nível social.”
Janice Du Mont diz que a imprensa mostra-se mais empenhada para certos tipos de violação sexual.
“Esses são os casos mais chocantes. Aqueles em que as mulheres são violadas por grupo ou por mais de um infractor, e brutalmente espancada. Ou mais recentemente em termos de cobertura no ocidente, são os casos nos quais as mulheres são assaltadas inconscientemente ou quase inconscientes, e esses assaltos são fotografados e mais tarde expostos nas redes sociais. Esses casos não são realmente representativos da completa realidade dos assaltos sexuais, especialmente em cenários não-conflituosos.”
A especialista do Instituto de Pesquisa sobre Mulheres de Toronto adianta ser mais comum para as mulheres serem sexualmente violadas por um homem que conheçam – ou seja, pelo marido, namorado, um outro membro de família, amigo, vizinho, ou conhecido. Esses ataques, afirma Du Mont as vezes ocorrem em meios privados.
A cientista diz por outro lado entender porque razão a imprensa opta em reportar os casos dos quais são susceptíveis de tirar mais proveitos. Para ela, as mulheres não têm que ser violadas e assassinadas ou barbaramente espancadas para merecerem a atenção do público, e adianta que o problema é ainda mais grave por causa da ignorância, do mito e do estigma.