A Unita na Huíla vê com preocupação o que chama de sequestro da democracia e a consolidação de um regime similar ao sultanismo em Angola em que impera o poder de um só homem.
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Reunido no município da Matala, no interior da província, o Comité Provincial do Galo Negro avaliou a situação política, económica e social na Huíla e constatou recuos no processo democrático e degradação na vida do cidadão angolano.
“Como consequência do sequestro da democracia, o comité provincial constatou com profunda preocupação a degradação da vida do cidadão nos domínios económico, social e cultural, resvalando para o agravamento da criminalidade e consequente insegurança pública; deplorou e manifestou a sua profunda preocupação pelo facto de que, apesar do quadro negro que caracteriza a vida do cidadão comum o estado angolano esteja a gastar avultadas somas em dinheiro público em sumptuosas festas de aniversário do Sr. Presidente da República aquém incumbe enquanto chefe do executivo a poupança e a gestão parcimónia dos recursos do país”, diz a declaração final lida por Benjamim Kanuku.
O encontro felicitou o sindicato dos professores que suspendeu a greve de cerca de dois meses no ensino geral e instou o Executivo local a resolver com urgência os pontos pendentes do caderno reivindicativo.
Para a secretária provincial da Unita Amélia Judite, o regime democrático acordado em Bissesse de 1991 foi sequestrado pelo actual regime.
“Aqueles que perdem algum tempo para assistir os programas do TPA por estes dias terão sido recompensados com a confirmação mais pura e aberta de como os governos provinciais abandonaram a sua função de servidores e administradores púbicos. Foram transformados em secretariados do partido no poder que promovem o sultanismo e já actuam abertamente como tal. Hoje graças à evolução das tecnologias de informação e comunicação toda a gente está em conexão com o mundo inteiro, não existe pelo mundo fora países que param toda máquina política e administrativa durante semanas para festejar o aniversário do presidente”, disse.