A crise económica e financeira que se abateu sobre Angola com grande incidência a partir de 2016 terá feito despertar em muitas famílias a prática pela agricultura.
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Na província da Huíla são muitas as famílias que com a crise optaram por reaver ou adquirir um espaço de cultivo nas terras de origem, ou não, para diversificar as fontes de rendimento.
Para muitas famílias o risco de depender apenas do salário é grande, por isso, há que buscar alternativas no campo através de investimentos na produção de cereais, hortícolas e outros.
Domingos Cahuculo militar das Forças Armadas Angolanas (FAA) viu em Chipindo, a mais de 450 quilómetros a norte do Lubango, uma oportunidade de apostar no campo e diz estar a valer a pena.
“É preciso apostar no campo e cultivar para ajudar os mercados. Eu neste momento estou a cultivar feijão, milho e batata. Para mil está valer muito porque ajuda-me muito nos problemas de casa”, afirma Cahuculo.
O senhor Domingos é o exemplo de várias iniciativas particulares espalhadas pelos 14 municípios do interior.
O governo reconhece nas famílias uma grande contribuição na produção agrícola que na presente campanha espera envolver mais de quatrocentos mil agregados familiares.
O director provincial da agricultura, Lutero Campos, revela que numa fase actual a estratégia passa pelo aproveitamento dos espaços.
“Os chefes de família são eles que têm que tomar a peito. Nós numa altura como essa temos que tentar rentabilizar o máximo possível primeiro o espaço que a gente utiliza para fazer agricultura, rentabilizar as culturas para que elas tenham maior produtividade e conseguimos colocar maior quantidade de produto no mercado”, defende Lutero Campos