Oitocentas famílias camponesas das aldeias Nhangue, Nguipolo, Kissua, Kissua Kanâmbua e Lameque, município de Kiwaba-Nzoji, a norte da província angolana de Malanje, beneficiam de um projecto-piloto de substituição de adubos químicos por orgânicos na produção de alimentos.
O coordenador de programas e projectos da Cáritas Diocesana de Malanje, Carlos Ferraz, precisou nesta segunda-feira, 6, que o financiamento é da organização não governamental alemã MISEREOR no âmbito do desenvolvimento rural e agricultura sustentável.
“Nós introduzimos metodologias e instrumentos que permitem às próprias famílias terem os seus produtos orgânicos localmente, através dos recursos deles próprios, evitando assim a importação de adubos químicos que muitas famílias não conseguem ter acesso”, explicou Ferraz, para quem a introdução “de adubos químicos destroem o solo das famílias, no primeiro ano têm bons rendimentos, mas paulatinamente esses solos vão degradando, fazendo com que as populações deixem as suas terras mais próximas e vão devastando as florestas contribuindo para o aquecimento global”.
A Cáritas Diocesana de Malanje pretende ajudar as comunidades a criarem os respectivos bancos comunitários para minimizar a distância que os separa das instituições bancárias.