Cláudia Semedo é natural de Bissau e sempre sonhou em estudar no exterior. Depois de concluir o curso de enfermangem na Universidade Lusófona da Guiné-Bissau conversou com a sua mãe e disse que estava pronta para estudar em outro país. A mãe de Cláudia fez a incrição dela para o mestrado em enfermagem de saúde familiar no Instituto Politécnico de Bragança. Para a felicidade das duas, Cláudia foi aceita.
Estudar em outro país é sempre difícil no início, porque precisamos nos adaptar a uma nova cultura, à língua, criar novos hábitos, fazer novas amizades. Em entrevista à Voz da América, Cláudia descreveu a sua experiência como difícil, mas positiva. "Cabe a nós equilibrarmos as dificuldades com uma parte positiva. Adaptei-me muito bem."
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Cláudia contou que em Bragrança há várias mulheres da Guiné-Bissau estudando, mas que na sua turma ela era a única africana.
A formanda de mestrado em enfermagem de saúde familiar não acredita que seja difícil para uma guineense ter acesso a uma educação de qualidade. Para Cláudia, é difícil para todos. "Cabe à pessoa se dedicar e conseguir o que quer para a sua vida".
A dedicação e a persistência de Cláudia resultaram na seleção dela como a melhor aluna da turma do mestrado. "Agradeço aos meus professores por tudo que fizeram por mim".
Entre os desafios que Cláudia teve que superar enquanto fazia o seu mestrado estavam o frio de Bragança, fazer novas amizades, e a chegada com atraso de vários meses após o início do ano letivo.
Cláudia, que agora está a trabalhar em Portugal, pretende voltar à Guiné-Bissau para dar o seu contributo. "Nao é só vir aqui e conquistar e não realizar nenhum sonho".
Ela deixou uma dica para os jovens. "A pessoa tem que lutar para atingir um objetivo ou ser uma pessoa melhor amanhã. Mesmo com a dificuldade, podemos chegar a um ponto alto. A dificuldade é um caminho que mostra o amanhã".
E acrescentou: "Desejo muita força para todos os jovens que estão a estudar fora do seus países de origem."