Elementos ligados à Guarda Presidencial impediram a prisão do presumível assassino do activista da Casa-CE morto por um agente daquela instituição em Novembro de 2013 quando colava cartazes nas imediações da Presidência da República.
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A informação foi avançada pelo advogado da família de Manuel Hilbert Ganga, Miguel Francisco, que citou a oitava secção, do cartório judicial.
Segundo Francisco, há três meses que o mandado de captura foi exarado pelo tribunal contra o presumível assassino de Hilbert Ganga, mas apenas na semana passada os agentes da investigação criminal de Luanda foram ao local onde eventualmente encontra-se o soldado da Guarda Presidencial responsável por atirar contra o activista.
A resposta das tropas, segundo Miguel Francisco não foi nada amigável.
“Deslocaram-se à Guarda Presidencial e houve uma resistência activa para não capturar o indivíduo, protagonizada por soldados da Guarda Presidencial onde se encontra o arguido", denunciou Miguel Francisco.
Nesta ordem de ideias, o causídico acredita que a única maneira de se contornar a situação é através da imprensa e da pressão da opinião pública.
"Temos de publicitar isso para que haja mecanismos de pressão para que as pessoas cumpram a lei porque ninguém está acima da lei, o próprio Presidente disse isso, num estado de Direito como o nosso, pela gravidade da situação e tratando-se de um homicídio”, diz Francisco, que espera saber também, no tribunal, se houve um autor moral da acção.
Manuel Hilbert Ganga, activista da Casa-CE foi morto a 23 de Novembro de 2013 quando, com outros colegas, afixava cartazes com imagens dos activistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue.