Organizações africanas da sociedade civil concluíram, em Maputo, que os governos do continente têm falta de vontade política para combater a corrupção.
Reunidos em Maputo, num encontro organizado pela Transparência Internacional, representantes de 29 organizações de promoção da transparência recordaram que a corrupção é a questão mais séria entre as que impedem o desenvolvimento de África.
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O balanço dos últimos 12 meses refere que a corrupção piorou em todos os países, sendo o sector da saúde, o mais afectado.
Segundo o Centro de Integridade Pública - CIP, a situação tende a piorar, muito por culpa da falta de vontade política para combater a corrupção.
Transparência não é ameaça
Para ultrapassar esta situação, o alto-comissário adjunto do Reino Unido em Moçambique, Henry Kendrick, diz ser necessário olhar para a transparência de forma positiva.
"Há quem vê a transparência como uma ameaça, mas é preciso mudar esta percepção, porque a transparência é boa para o governo, para o povo e para o comércio" diz Kendrick.
Na reunião, as organizações notaram que há muitas experiências positivas no continente, que devem ser replicadas, para reforçar a advocacia comum para combater a corrupção.
"Temos que reforçar a nossa advocacia usando as estratégias que, certamente temos em alguns países, e que de uma ou de outra forma, têm trazido resultados positivos, ainda que escassos" disse Paul Banoba, membro do secretariado da Transparência Internacional.