O Presidente da Câmara Municipal de Bissau justificou a construção de uma mesquita, escola e hospital no local onde se encontra o Parque da Lagoa de N’Batonha, com financiamento do Governo Turco, com o facto de ter oferecer muitos benefícios para os munícipes da capital da Guiné-Bissau.
Fernando Mendes garante que as obras, cujo projecto teve aprovação do Conselho Técnico da edilidade, vão continuar e que serão respeitados os preceitos ambientais
O edil afirma que a decisão visa parar os fiéis muçulmanos que rezam nas vias públicas do centro da cidade, que, aliás, na sua opinião, é uma “vergonha nacional”.
"Era um problema para a Câmara Municipal de Bissau. Por isso, podemos afirmar que, tecnicamente, este projecto veio resolver um problema da Câmara Municipal de Bissau, pois era uma vergonha nacional ver os comerciantes, na sua maioria da religião muçulmana, rezar nas vias públicas. Para a Câmara, isso é uma vergonha nacional", sublinha.
Por sua vez, o ministro do Ambiente, Viriato Cassamá, assegura que "todos os aspectos ambientais vão ser protegidos na construção sob o parque de N’Batonha, tudo que tem a ver connosco vamos cumprir, porque o Governo é quem faz a lei e, por isso, deve ser o primeiro a cumpri-la, vamos observar todos os requisitos ambientais para podermos acompanhar as obras".
Veja Também Sissoco Embaló ameaça repressão a manifestação contra destruição do Parque da Lagoa de N’BatonhaO Governo afirma, entretanto, que da avaliação feita, 50 por cento da nova construção sobre o Parque da Lagoa de N’Batonha é constituído por espaço verde e a mesquita vai ocupar apenas cinco por cento.
Veja Também Bissau: Ecologistas lançam petição para salvar o Parque da Lagoa de N’BatonhaO custo da obra ronda os quatro milhões de dólares.