O governo angolano cedeu à pressão social e começou a pagar os salários em atraso aos profissionais de saúde e aos professores a partir desta quarta-feira,14, confirmaram, à Voz da América, os respectivos sindicatos.
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Oficialmente o Ministério das Finanças não deu qualquer explicação sobre os motivos que estiveram na base do atraso de quase metade do mês de Maio.
Sindicalistas e analistas advertem que o Governo corre o risco de enfrentar perturbações sociais no futuro se insistir nessa prática.
Veja Também Taxistas do Namibe continuam em greve exigindo aumento das tabelasO secretário-geral da CGSSILA- Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres de Angola, Francisco Jacinto exige da ministra da Finanças, Vera Daves, explicações sobre o atraso verificado acusa o Governo de, alegadamente, continuar insensível à comunicação, em tempo real, com os parceiros sociais sobre os assuntos que afligem os trabalhadores.
“Que o Governo se pronuncie por que é que pagou os salários tarde de mais”, defendeu aquele sindicalista.
Por sua vez, o analista social André Augusto, defende que o atraso dos salários é uma das causas da falta de estabilidade no seio das famílias e que, a continuar, pode resvalar em convulsões sociais “com implicações muito perigosas”.
Uma fonte do Ministério das Finanças, que falou na condição de não ser identificada, confirmou, à Voz da América, o pagamento dos ordenados a partir desta quarta-feira, 14. Outras fontes daquele departamento ministerial asseguraram que “os vencimentos em atraso do mês de Maio não afetaram a totalidade da função pública”.