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Taxistas do Namibe continuam em greve exigindo aumento das tabelas


Este não foi buscar ninguém
Este não foi buscar ninguém

Associação diz que aumento dos preços é a única via porque não há cartões suficientes para se obter gasolina subsidiada

Pelo segundo dia consecutivo cerca de 500 taxis que operam no Namibe continuam em greve causando problemas à população e aumentado a irritação dos utentes.

Txis em segundo dia de greve no Namibe – 2:01
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Cipriano Mateus Yanilson, presidente da Associação dos taxistas do Namibe, disse que a paralisação visa pressionar as autoridades da província para a negociação do novo preço no "vai-vem" já que os taxistas do Namibe não estão interessados em cartões de abastecimento de gasolina conforme exigência do estado.

"O que deixa descontente segundo a voz dos associados, é que o número de cartões não é suficientes para satisfazer a necessidade de todos,"disse no dia do início da greve.

“O que a classe quer é mesmo encontrar um denominador comum, reajustar os preços da corrida", acrescentou.

Os taxistas dizem que depois de 4 dias se não houver negociações vão aplicar o custo de transporte calculado na base do aumento da gasolina, porque quando o governo aumentou o preço da gasolina não conversou com nenhuma associação.

Durante o período da manhã de hoje foram vistos jovens estudantes de batas a andar de um lado para outro a pé a procura de táxis e autocarros, sobretudo os estudantes do Instituto de Administração Pascoal Luvualu e do instituto politécnico Antonio Jacinto, ambos localizam-se no bairro Saco Mar, a sete quilómetros da sede capital e do Instituto Superior Politécnico localizado na centralidade da Praia Amélia.

Taxis sem andar no Namibe
Taxis sem andar no Namibe

Os jovens que falaram à Voz da América disseram que são os mais prejudicados já que estão na fase de preparação das provas finais: "Está sendo um pouquinho complicado, o governo não pensou no bolso do cidadão, as pessoas que residem distantes das escolas trezentos kwanzas a cada pessoas é muito difícil”, disse um dos estudantes.

Muitos utentes à procura de transporte queixaram-se também do grande aumento dos produtos de primeira necessidade.

Os mototaxistas conhecidos como kupapatas aproveitaram se da greve dos táxis para tomarem conta das ruas da cidade faturaram a valer e esqueceram-se das regras impostas pelo cartão de abastecimento em curso.

"A mota é minha, o combustível subiu, pagamos 300 kzs e também cobramos 300 kwanzas por vai-vem", disse um deles.

Vários cidadãos saíram em defesa dos taxistas e mototaxistas apelando ao Presidente da República João Lourenço para rever o custo da gasolina, que na opinião dos nossos ouvintes vai ter repercussões negativas para o governo angolano.

A VOA também ouviu as mulheres zungueiras, que dizem que "tudo subiu "escandalosamente" no mercado informal sem possibilidade para os bolsos dos cidadãos".

"João Lourenço, ouça o seu povo, não estás a governar para as pessoas sofrerem, pelo menos sinta aquele amor de pai pelos filhos, assim não vamos morrer inocente, não dá", disse uma delas.

Alguns professores com salários do mês de Maio em atraso, com a subida de passagem e dos produtos nos mercados deixaram de dar aulas com fome. As autoridades da província, segundo o governador Archer Mangueira, continuam empenhadas na solução dos cartões de abastecimento de combustíveis aos operadores dos transportes rodoviários do Namibe.

"Os que não foram licenciados, têm que proceder ao licenciamento, porque até é uma condição obrigatória para o exercício da actividade de táxi", disse.

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