O governo tem a responsabilidade de garantir a sustentabilidade das despesas públicas, disse António Cruz Lima, assessor do ministro angolano das finanças ao defender a decisão do governo de acabar com os subsídios do gasóleo e gasolina.
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Mas o segundo maior partido da oposição a CASA-CE disse pela voz do seu vice presidente Manuel Fernandes, que isso é mais um sinal da “falta de uma estratégia nacional” para lidar com a crise económica no país
António Cruz Lima disse que o corte dos subsídios vai produzir uma poupança de mais de 4.000 milhões de dólares que será aplicada em outros programas do governo.
“Temos que cuidar da sustentabilidade das finanças públicas”, disse.
“Não estávamos em condições de garantir a despesa púbica”, acrescentou.
Manuel Fernandes da CASA CE rejeitou o argumento de que os subsídios aos combustíveis beneficiam essencialmente a classe média e alta fazendo notar que devido á constante falta de electricidade angolanos de todas as classes têm que fazer uso de geradores para poderem viver em condições e esses geradores usam combustíveis.
Fernandes disse que o seu partido encara com apreensão “a situação cada vez mais degradante dos angolanos movida por uma falta de estratégia do MPLA em atacar as causas que agravam o nível de vida do cidadão”.
Para o vice presidente da CASA deveria haver uma “maior socialização” e o governo deveria “tomar medidas de contenção de despesas supérfluas, fazer uma gestão parcimoniosa do gesto público e responsabilizar aqueles que deseivam fundos públicos”.
António Cruz Silva disse que alguns aumentos em bens de consumo recentemente registados são o resultado “de oportunismo, um bocado de má-fé e aproveitamento político” advogando um diálogo com todos os intervenientes da sociedade para se discutir isso.