A subida do preço dos combustíveis faz disparar o aumento de vários produtos em Angola e os cidadãos esperam o encarecimento ainda maior do custo de vida.
No Uíge, taxistas e clientes já sentem o aumento do preço do litro de gasolina de 115 para 160 kwanzas.
Uma viagem táxi subiu para 200 kwanzas.
Alexandre António, taxista há 12 anos, vaticina que a população mais afectada é a de baixa renda.
“Os que têm muito dinheiro não estão a sentir os efeitos da crise, por isso continuam a insistir na subida do preço dos combustíveis, querem matar-nos, nós os de baixa renda”, lamenta António.
Flávio Edgar outro taxista, já receia por “novos aumentos” que lhe tirem o pouco que leva para casa ao fim do dia, o que torna o negócio “meio complicado”.
“Começo a trabalhar às cinco e meia e largo às 21 horas, neste momento que o táxi subiu a 200 kwanzas temos poucos clientes e não há dinheiro, e quase que não levo nada para os filhos”, lamentou.
Afonso Pedro diz que “quem não tem cão caça com gato” e optou por “andar a pé, que faz parte agora do seu exercício físico”.