O caso dos “professores fantasmas” volta a marcar a agenda da província angolana do Uíge, onde cerca de 50 docentes completaram um ano sem receber os seus salários.
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É que são considerados fantasmas quando, na verdade, existem e estão nos seus postos de trabalho.
O governador Paulo Pombolo é acusado de recusar uma prévia negociação com os professores considerados fantasmas pela morosidade que se verifica na resolução do problema que levou ao corte dos salários daqueles professores desde o mês de Janeiro do ano em curso.
De acordo com um dos docentes, que falou em anonimato à VOA por temer represálias por parte da entidade empregadora, já foram solicitados vários encontros com o governador, mas sempre alegou indisponibilidade para tratar do caso.
Na sexta-feira, 2, dezenas de professores voltaram a ir à sede do Governo provincial, mas sem sucesso.
“Viemos aqui para perguntarmos ao senhor governador da província se alguma coisa já foi feita para resolver o nosso problema, visto que trabalhamos sem remuneração desde Janeiros, se não há solução vamos recorrer a outros recursos”, disse o professor.
A mesma fonte acrescenta ainda que, como chefes de famílias, estão a enfrentar enormes dificuldades financeiras.
Neste momento os docentes exigem que lhes sejam pagos os salários dos 12 meses em serviço, “caso contrario terão que recorrer ao tribunal”.
O Governo provincial e a Direcção Provincial da Educação, Ciências e Tecnologias do Uíge não recusam-se a pronunciar sobre o assunto.