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Desmaios e alergias nas escolas do Uíge motivam protestos


Alunos protestam no Uíge na sequência de desmaios e comichões nas escolas
Alunos protestam no Uíge na sequência de desmaios e comichões nas escolas

Autoridades não se pronunciaram sobre o caso.

Centenas de alunos manifestaram-se na quarta-feira, 19, na cidade do Uíge contra os desmaios e a recente epidemia de alergias que se vive nas escolas.

Apesar de a polícia montar o cerco para impedir o protesto no largo onde está a sede do Governo provincial, o líder dos organizadores do protesto, que preferiu falar em anonimato temendo sofrer represálias por parte da Direcção da Educação, confirmou que tudo correu da maneira planeada.

Desmaios provocam manifestação no Uíge - 1:30
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“Como muita gente desmaiou na nossa escola e teve comichões ao mesmo tempo, nós entendemos que tínhamos de sair à rua”, disse a mesma fonte.

Protestos de alunos perto da sede do Governo de Uíge
Protestos de alunos perto da sede do Governo de Uíge

Centenas de crianças, adolescentes e professores, a maioria do sexo feminino, dizem ter desmaiado em várias escolas desde os primeiros dias deste mês.

Também afirmam sofrer de uma alergia que, até agora, não tem qualquer explicação médica.

Os sintomas, segundo as mesmas fontes, são comichão, picadas em todo corpo e perda de ar.

“Senti muita comichão em todo corpo, perdi força e respiração, os médicos disseram-me para tomar banho com água de sal e beber água com açúcar”, explicou a estudante Madalena.

Silêncio das autoridades

Por seu lado, os encarregados de educação dizem estar perplexos e decepcionados com o fenómeno e pedem intervenção do Governo sobre o caso.

“Primeiro é o desmaio, agora há comichões, é muito complicado”, disseram alguns encarregados de educação à VOA.

Em algumas escolas, as aulas estão suspensas como forma de protesto tanto por parte de alunos como de professores.

O governador provincial do Uíge, Paulo Pombolo, que disse estar preocupado com a situação, visitou as escolas em causa, mas ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Os bombeiros e a polícia também não quiseram falar.

Neste momento, o Hospital Provincial do Uíge encontra-se cercado de polícias de intervenção rápida para prevenir qualquer avanço da população.

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