O furacão Harvey, o mais poderoso a atingir os Estados Unidos desde 2005, perdeu força, mas deixou dois mortos e vários feridos no Texas, onde continuará a causar danos com inundações extremamente devastadoras.
Houve registo de cinco mortos até ao momento, segundo o Serviço Meteorológico Nacional. Uma pessoa morreu ao ficar presa num incêndio em sua casa durante a tempestade na região de Rockport, segundo uma fonte do condado de Aransas, no litoral texano, onde também houve registo de 12 feridos ligeiros.
Em Houston, uma mulher afogou-se ao deixar o seu carro numa área inundada, de acordo com a imprensa local. As autoridades daquela cidade pediram que os seus 2,3 milhões de habitantes permaneçam em suas casas.
Na sua passagem, Harvey deixou estradas submersas, casas sem telhados e postes arrancados. Em Port Aransas, abandonado pelos seus habitantes, vários barcos foram parar no meio das ruas.
O Hobby International, um dos aeroportos de Houston, anunciou o cancelamento de todos os voos por causa da quantidade de água nas pistas, e o George Bush International opera de forma limitada.
O Serviço Meteorológico Nacional anunciou no Twitter que a situação é extremamente perigosa, com "inundações súbitas, catastróficas, com ameaça para a vida".
O Harvey fez reviver nos Estados Unidos o trauma do furacão Katrina, que causou graves inundações e deixou 1.800 mortos, em 2005, em Nova Orleans (sul), no estado vizinho de Louisiana. Na época, o Presidente George W. Bush foi duramente criticado pela sua lentidão e actuação tardia para ajudar uma região muito carente e de maioria afro-americana.
AFP