Políticos republicanos criticaram o Pesidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 23, após Donald Trump ter ameaçado paralisar o Governo por causa do financiamento para a construção do muro fronteiriço, sacudir os mercados e colocar em dúvida os esforços do Congresso para aumentar o tecto de gastos do país.
O Congresso terá 12 dias de trabalho quando voltar das férias de verão a 5 de Setembro para aprovar medidas de gastos para evitar que o Governo fique paralisado.
Com esses prazos aproximando, Trump levantou a possibilidade, num discurso na noite de terça-feira, 22, de uma paralisação caso o Congresso não aceite financiar o seu prometido muro ao longo da fronteira com o México.
As acções norte-americanas e o dólar se enfraqueceram e os investidores migraram para a segurança de títulos do Tesouro norte-americano nesta quarta-feira.
O índice S&P 500 recuou 0,35 por cento, o Dow Jones perdeu 0,4 por cento e o índice Nasdaq caiu 0,3 por cento. O dólar se enfraqueceu em relação ao euro e ao iene.
O presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Paul Ryan, disse nesta quarta-feira que um muro é necessário, mas que o Governo não precisa escolher entre segurança fronteiriça e uma paralisação do Executivo.
"Eu não acho que alguém esteja interessado em ter uma paralisação", disse Ryan a repórteres em Hillsboro, Oregon.
O deputado republicano Tom Cole, de Oklahoma, disse que paralisar o Governo é muito "insensato" e tal acção pode produzir efeitos negativos sobre o partido que controla o poder em Washington.
"Quando se controla a Presidência, o Senado e a Câmara, vai-se paralisar o Governo que se dirige?! Eu não acho que é sábio politicamente e eu não acho que terá sucesso praticamente", disse à Reuters em entrevista.
Republicanos tentam há meses concluiu um acordo sobre financiamento do Governo.
O Congresso frequentemente enfrenta este problema e normalmente termina aprovando um projecto de lei temporário estendendo níveis de financiamento inalterados por algumas semanas ou meses.