O Presidente dos Estados Unidos dissolveu nesta quarta-feira, 16, dois conselhos empresariais depois de oito presidentes dos Conselhos de Administração (PCA) de diferentes companhias terem renunciado em protesto pelas declarações de Donald Trump ao culpar também supremacistas brancos como opositores pela violência em Charlottesville, na Virgínia.
Diversos políticos de destaque do Partido Republicano também criticaram Trump após os seus comentários na terça-feira sobre a violência de sábado, que lançaram o seu Governo em mais uma polémica e paralisaram sua agenda política.
O Presidente anunciou o fim dos conselhos depois que Inge Thulin, da 3M, tornou-se no mais recente PCA de uma empresa a deixar o Conselho Americano de Manufactura, enquanto o Fórum Político e Estratégico do Trump foi encerrado por ele próprio.
"Em vez de colocar pressão nos empresários do Conselho de Manufactura e no Fórum de Política e Estratégia, estou acabando com ambos", escreveu Trump no Twitter.
O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, o governador de Ohio, John Kasich, o senador Lindsey Graham, e os antigos presidentes republicanos dos EUA George H.W. Bush e George W. Bush, entre outros, criticaram as declarações de Trump, que acirraram ainda mais as divisões dentro do Partido Republicano, que controla as duas Casas do Congresso, além da Casa Branca.
Um ex-funcionário do Governo Trump admitiu a possibilidade de alguns integrantes da Casa Branca deixarem os seus cargos devido aos comentários do Presidente.
As declarações de Trump na terça-feira foram mais veementes que a sua resposta inicial à violência de sábado numa manifestação de supremacistas brancos.
Numa acalorada conferência de imprensa em Nova Iorque, o Presidente disse que "há culpa em ambos os lados" pela violência em Charlottesville, e que há "pessoas muito boas" de ambos os lados.
