A organização não governamental Friends of Angola (FoA) cita o líder da luta pelos direitos cívicos nos Estados Unidos, Martin Luther King Jr. , cujo aniversário se assinala nesta segunda-feira, 16, para levar ao secretário de Estado e legisladores americanos a sua preocupação com os “presos políticos” em Angola.
O director executivo da organização sediada nos Estados Unidos, Florindo Chivucute, diz que o “Governo de Angola, um ´parceiro estratégico´ dos EUA, nos últimos meses tem detido vários prisioneiros políticos por exercer seus direitos políticos, que depois são alvo de sentenças injustas por tribunais que não têm supervisão e independência”.
Veja Também Existência ou não de presos políticos provoca debate em AngolaA nota cita os casos de Tanaice Neutro, Luther Campos, José Julino Kalupeteka, José Mateus Zecamutchima que “foram detidos injustamente e sem um mandado dO tribunal, apenas por exercer os seus direitos humanos básicos”.
Chivucute, que cita Martin Luther King Jr., quem afirmou que "a injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar”, diz regozijar-se com a declaração do Departamento de Estado divulgado no dia 11, na qual “os Estados Unidos exigem a libertação imediata de todos os prisioneiros políticos e convidam a todos que acreditam na universalidade dos direitos humanos e das liberdades fundamentais para apoiar essa iniciativa”.
Veja Também Angola: Autoridades usaram força excessiva contra manifestantes e imprensa foi atacada em 2022, diz HRWA FoA diz haver “evidências legais suficientes para provar que o Governo angolano tem-se envolvido em décadas de abuso de poder de um sistema jurídico para atingir opositores e manifestantes pacíficos, visando sufocar a participação e a dissidência políticas enquanto criava um clima de medo”.
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O director executivo da FoA conclui dizendo que, “por uma questão de verdade universal e no espírito do legado do Dr. King, os angolanos merecem exercer os seus direitos humanos constitucionais e básicos sem medo de serem detidos ilegalmente ou suas vidas sendo ameaçadas por seu Governo”.
A carta é endereçada ao secretário de Estado americano Antony Blinken, ao embaixador dos Estados Unidos em Luanda e vários parlamentares da Câmara dos Representantes e do Senado.