O primeiro negro numa aldeia belga nos anos 90
PARIS —
Como se sentem os africanos numa Europa que cada vez mais encerra as portas aos imigrantes? Pie Tshibanda tem atraído aplausos e audiências ao seu programa que conta a sua saída de República Democrática do Congo há quase duas décadas, e as situações de racismo com quem se deparado na Bélgica.
A audiência é essencialmente de brancos e na sua maioria jovens. A audiência não parece incomodar-se que Pie Tshibanda faça pouco dos hábitos europeus. O escritor e contador de histórias de 60 anos de idade encontra-se só num pequeno palco, tendo na mão um holofote.
Trata-se do primeiro espectáculo de Tshibanda em Paris, embora tenha já contado a sua história a audiências francófonas. Como procurou asilo na Bélgica há 18 anos, após ter fugido o conflito no seu país natal, e chegou à conclusão do significado do que significa ser um estrangeiro.
Acima de tudo, trata-se da história de como derrubar as barreiras do racismo e preconceito. Ele admite que muitas pessoas que o escutam não ficam convencidas.
Ele afirma que as pessoas consideram que o que diz é real, e se o mesmo acontece a todos, a resposta é deixem-me explicar o que se passa.
O espectáculo de Tshibanda denominado “Um Fogo Negro num País de Brancos” ou na versão inglesa “Um negro maluco num País de Brancos”.
Porque maluco? Isso é outra história, que remonta à sua chegada como o primeiro negro numa aldeia belga nos anos 90. Sentou-se numa cadeira debaixo de uma árvore e saudou os locais. As pessoas afastavam-se dele. Depois começou a bater às portas, fazendo a sua apresentação, e descobriu que a cor da pele conta.
Adaptar-se como Africano na fortaleza Europeia nem sempre é fácil. Cada vez mais os países reprimem a imigração ilegal, e são mais selectivos para com os imigrantes que deixam entrar. A recessão económica, os receios do extremismo islâmico e simples xenofobia tem contribuído para o racismo.
A estudante Roxanne Carlier, de vinte e sete anos de idade, que assistiu recentemente a um espectáculo, sustenta que ele apresenta um exemplo raro das vidas dos imigrantes, que os Franceses como ela pouco sabem.
Carlier salienta que Tshibanda falou bem, que o espectáculo é cheio de alegria e humor.
Tshibanda afirma ter visto mudanças, e que agora é visto na Belgica como um herói, tendo iniciado uma escola para crianças com dificuldades de aprendizagem.
Foi condecorado pelo governo Belga e foi feito cidadão honorário da comunidade onde vive.
Tshibanda não tem ilusões que possa revolucionar o mundo. Mas que com cada espectáculo, acredita plantar as sementes da mudança. Ele diz ter muitas ideias para projectos novos para os próximos anos.
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A audiência é essencialmente de brancos e na sua maioria jovens. A audiência não parece incomodar-se que Pie Tshibanda faça pouco dos hábitos europeus. O escritor e contador de histórias de 60 anos de idade encontra-se só num pequeno palco, tendo na mão um holofote.
Trata-se do primeiro espectáculo de Tshibanda em Paris, embora tenha já contado a sua história a audiências francófonas. Como procurou asilo na Bélgica há 18 anos, após ter fugido o conflito no seu país natal, e chegou à conclusão do significado do que significa ser um estrangeiro.
Acima de tudo, trata-se da história de como derrubar as barreiras do racismo e preconceito. Ele admite que muitas pessoas que o escutam não ficam convencidas.
Ele afirma que as pessoas consideram que o que diz é real, e se o mesmo acontece a todos, a resposta é deixem-me explicar o que se passa.
O espectáculo de Tshibanda denominado “Um Fogo Negro num País de Brancos” ou na versão inglesa “Um negro maluco num País de Brancos”.
Porque maluco? Isso é outra história, que remonta à sua chegada como o primeiro negro numa aldeia belga nos anos 90. Sentou-se numa cadeira debaixo de uma árvore e saudou os locais. As pessoas afastavam-se dele. Depois começou a bater às portas, fazendo a sua apresentação, e descobriu que a cor da pele conta.
Adaptar-se como Africano na fortaleza Europeia nem sempre é fácil. Cada vez mais os países reprimem a imigração ilegal, e são mais selectivos para com os imigrantes que deixam entrar. A recessão económica, os receios do extremismo islâmico e simples xenofobia tem contribuído para o racismo.
A estudante Roxanne Carlier, de vinte e sete anos de idade, que assistiu recentemente a um espectáculo, sustenta que ele apresenta um exemplo raro das vidas dos imigrantes, que os Franceses como ela pouco sabem.
Carlier salienta que Tshibanda falou bem, que o espectáculo é cheio de alegria e humor.
Tshibanda afirma ter visto mudanças, e que agora é visto na Belgica como um herói, tendo iniciado uma escola para crianças com dificuldades de aprendizagem.
Foi condecorado pelo governo Belga e foi feito cidadão honorário da comunidade onde vive.
Tshibanda não tem ilusões que possa revolucionar o mundo. Mas que com cada espectáculo, acredita plantar as sementes da mudança. Ele diz ter muitas ideias para projectos novos para os próximos anos.