FNLA não acabará, dizem analistas

Lucas Ngonda, presidente suspenso do FNLA

O Comité Central da FNLA anunciou a suspensão do presidente do partido Lucas Ngonda para “salvaguardar os interesses superiores do partido”.

As reacções não se fizeram esperar quando o país está a seis meses das eleições.

Walter Ferreira, coordenador da Plataforma Juvenil de Cidadania, afirma que não será o fim da FNLA, mas os “irmãos” devem promover o mais rapidamente possível o entendimento para poderem concorrer em concórdia às eleições de Agosto próximo.

“Não é o fim, mas a FNLA deve renovar os seus quadros e resolver rapidamente este problema porque é um problema dentro do partido” sustenta.

Quem corrobora a mesma opinião é o jornalista e historiador Makuta Nkondo, que apontou o tribalismo exagerado, como causas dos conflitos dentro da FNLA.

“Nós bakongos do Uige e os do Zaire no passado nem podíamos casar, o problema da FNLA é que há um tribalismo exagerado aí, e não pode ser o Pedro Gomes que veio de Namuangongo que vai substituir o Lucas Ngonda, Lucas Ngonda ainda não baixou os braços” disse.

Nkondo afirma que mesmo assim, o MPLA não deixará extinguir a FNLA porque o desaparecimento da FNLA afectaria uma das tribos do país.

“O MPLA vai dar sempre um a dois deputados ao FNLA”, concluíu.

A VOA tentou contactar Lucas Ngonda, presidente afastado, mas sem sucesso.