FMI concluiu "acordo técnico" com Moçambique para libertar 55,9 milhões de euros

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Fundo Monetário Internacional

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e as autoridades moçambicanas chegaram a um acordo técnico sobre as políticas económicas para completar a quarta revisão do acordo Facilidade de Crédito Alargado (ECF), que permitirá desembolsar mais 55,9 milhões de euros a Moçambique, anunciou o FMI em comunicado, na sexta-feira 14.

As discussões que envolveram uma equipa do FMI, liderada por Pablo Lopez Murphy, e autoridades moçambicanas aconteceram em Maputo, de 2 a 15 de maio de 2024 e continuaram virtualmente.

Este acordo a nível de pessoal está sujeito à aprovação da Direção do FMI e à consideração do Conselho Executivo. O acordo foi aprovado pelo Conselho Executivo do FMI no valor de 340,8 milhões de DSE (cerca de 456 milhões de dólares) a 9 de maio de 2022.

Na sua declaração, Murphy disse que o crescimento económico do país "está projetado em 4,3% em 2024", acrescentando que as condições financeiras apertadas continuam a pesar sobre a atividade económica moçambicana, mas as perspetivas a médio prazo para o sector extrativo são fortes, uma vez que se espera que os grandes projetos de GNL retomem.

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O representante do FMI nas discussões com Moçambique avaliou o desempenho deste programa como positivo e reforçou a importância dos esforços sustentados para reforçar as instituições, melhorar a governação e aumentar a transparência para reduzir as vulnerabilidades à corrupção, promover o investimento privado, apoiar a produção interna e reforçar a posição do sector externo.

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Ainda neste ano, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e a diretora-geral FMI, Kristalina Georgieva, deram nota positiva à cooperação entre Maputo e a instituição financeira. Na ocasião, Georgieva elogiou o bom desempenho da economia moçambicana.