A FIFA e a UEFA expulsaram as selecções nacionais e as equipas dos clubes da Rússia de todas as provas "até novo aviso", na sequência da invasão da Ukrânia pela Rússia.
A UEFA, que gere o futebol europeu, suspendeu a parceria com o gigante russo de energia Gazprom.
Veja Também Invasão da Ucrânia coloca em dúvida o contrato da Gazprom com a UEFACom esta medida, a selecção masculina, que devia disputar no próximo mês de Março o play-off de qualificação para o Mundial de Qatar, fica de fora a principal prova do futebol global a realizar-se em Novembro, enquanto a selecção feminina, que já se tinha classificado para o Europeu da Inglaterra, a decorrer em Julho, também ficará de fora.
"A FIFA e a UEFA decidiram hoje em conjunto que todas as equipas russas, sejam equipas representativas nacionais ou equipas de clubes, serão suspensas da participação nas competições da FIFA e da UEFA até novo aviso", lê-se no comunicado conjunto.
Veja Também Suécia junta-se aos polacos no boicote à Rússia nos play-offs do MundialOntem, a FIFA anunciou que as equipas russas poderiam continuar a jogar sob o nome de União de Futebol da Rússia, em território neutro, com portões fechados e sem a bandeira e o hino russos.
As reacções surgiram rapidamente com o presidente da Federação de Futebol da Polónia a classificar de "totalmente inaceitáveis" essas condições que seriam uma “encenação”.
Ao mudar o seu posicionamento, a FIFA e a UEFA disseram que “o futebol está totalmente unido aqui e em total solidariedade com todas as pessoas afectadas na Ucrânia".
"Ambos os presidentes (Gianni Infantino e Aleksander Ceferin) esperam que a situação na Ucrânia melhore significativa e rapidamente para que o futebol possa novamente ser um vetor de unidade e paz entre as pessoas", conclui o comunicado.
Veja Também Intensifica-se boicote desportivo à RússiaA União Russa de Futebol denunciou a suspensão que considerou de medida "discriminatória".
"Tem um óbvio carácter discriminatório e prejudica um grande número de atletas, treinadores, funcionários de clubes e selecções e, mais importante, milhões de adeptos russos e estrangeiros, cujos interesses as organizações desportivas internacionais devem proteger em primeiro lugar", lê-se no comunicado.