Seis anos após o assassinato dos activistas angolanos Isaías Cassule e Alves Kamulingue, os seus familiares continuam a aguardar pela materialização da decisão do Tribunal, em Março de 2015, que mandou o Estado indemnizar as duas viúvas e os órfãos.
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Os familiares acusam o Estado de mentir.
Horácio Essule, pai de Alves Kamulingue, diz ver vergonhoso um Estado mentir sobre uma coisa de solução fácil.
O Governo prometeu colocar os órfãos na escola, mas até hoje tal não aconteceu, bem como a indemnização às viúvas.
Essule também lembra que o Governo prometeu entregar os restos mortais dos dois activistas mortos para se fazer o funeral como manda a tradição african, mas foi só promessa.
“É uma vergonha o que o Estado angolano prometa, mas é tudo mentiras, dizem amanhã, amanhã, e nós aqui a sofrer para cuidar das viúvas e dos órfãos", lamenta Horácio Essule.
As famílias dizem que enquanto não receberem os corpos dos activistas “continua o óbito”.