Os serviços de recenseamento dos Estados Unidos revelaram que 15% dos americanos são pobres. São um pouco mais de 46 milhões de pessoas.
O número de pobres nos Estados Unidos foi calculado com base em dados de recenseamento e representa um aumento de quase um por cento em relação ao ano passado.
Os dados do recenseamento identificaram 46,2% americanos a viver abaixo do chamado nível de pobreza. Esse nível é definido com base no rendimento: oficialmente, um pobre americano vive com menos de 465 dólares por mês.
A pobreza nos Estados Unidos está mais concentrada no Sul, em estados como o Mississippi, Louisiana, Geórgia, Novo México e Arizona. O estado com menos pobreza é, com 6%, o New Hampshire, no Norte, onde se situam, em geral, os estados menos pobres.
Bruce Meyers, um especialista universitário em questões sociais, afirma que o elevado desemprego provocado pela crise económica está na origem do aumento da pobreza. Ele crê que a pobreza vai aumentar, com o aumento do chamado desemprego a longo prazo que atinge actualmente 6 milhões de americanos.
O desemprego fez também aumentar, para 50 milhões, o número de americanos sem acesso a serviços de saúde. Os Estados Unidos não têm um serviço nacional de saúde, e quase todo o sistema de clínicas e hospitais é privado, pelo que as pessoas devem ter um seguro médico.
Mas esses 50 milhões de pessoas não têm acesso ao seguro médico, por ser muito caro – e quem não tem seguro furta-se aos cuidados de saúde porque estes também são caros no sector privado.
Muitos seguros são proporcionados pelas entidades patronais e o desemprego quase sempre acarreta o fim desse seguro. O Presidente Obama conseguiu fazer aprovar um programa de reforma da saúde para providenciar seguros médicos acessíveis a todos, mas a bancada parlamentar republicana, reforçada nas eleições legislativas do ano passado, quer fazer descarrilar o plano contra o qual foram apresentados cerca de 30 processos judiciais.